Na moral. Não sei porquê ainda leio jornal.
Vou começar, a partir de hoje, uma sessão: O Globo Online, comentado por Hellomotta. (Deveria ser Fernanda Motta, porque o assunto pode parecer engraçado, mas é sério!)
Primeiro Link de hoje:
Filha mata o pai após intervir em briga com a mãe
Quando eu vejo, leio ou ouço coisas do tipo eu ainda me assusto. Pai que não fala com filho, mãe que bate em filha e, agora, filha que mata pai.
Não sou ninguém pra julgar, principalmente sobre esse assunto. Mas eu, sinceramente, me choco e a explicação é simples: Não venho de uma família
tradicional.
Mezzo tradicional, talvez. Mas apesar de meus avós serem o tal
exemplo de família - as avós ficaram viúvas - meus pais se separaram, de uma maneira consideravelmente traumática, quando eu tinha 15 anos. Eles brigavam entre si, e tinha todo aquele
lance de lavagem cerebral. Era um BBB de guetos e não dava pra saber quem tinha razão.
Alguns bons anos se passaram - não sei exatamente quantos - mas hoje eles são
super amigos. Há quem diga que irão até terminar essa novela juntos. Faria gosto.
Mesmo eles brigando durante esse tempo, em nenhum dos 25 anos e alguns meses de vida, sequer tenho alguma lembrança de maltrato, abandono ou qualquer coisa do tipo.
Daí falo:
eu não tive. Não tendo, não consigo entender esse lance de distância, de desgosto ou ódio familiar.
Quem me conhece sabe que nunca fui do tipo família. Agora, depois de burra velha, é que tenho dado mais valor por cada minuto de um jantar com minha mãe, ou uma simples ligação dizendo "
Motta, vou demorar pra chegar em casa hoje".
A visão que eu tenho de pai, é a visão
Motta. A visão que tenho de Mãe, é a visão
Gê. Então, repetindo, eu não consigo imaginar como alguém consegue maltratar os pais. Como alguém consegue viver sem eles.
Apesar de tudo o que eu disse aqui em cima, eu
não consigo entender o desligamente da relação
Pai-Filho mas eu
entendo a atitude da Marina. Primeiro porque o pai, uma hora ou outra, iria acabar matando a mãe. Entendo que possa ter sido legítima defesa, coisa e tal. Mas eu não perdoo ela como filha.
Na verdade, eu tenho pena dela - eu sei que ela não pediu minha piedade - mas tenho pena por ela. Ela matou o
pai. Por pior que pudesse ser, era seu
pai. Se eu fosse jurada deste caso, votaria pela absolvição, simplesmente pelo fato de a punição ter de ficar no seu subsconsciente. Afinal, era seu pai. Reforço, não era uma pessoa qualquer. Era seu pai. O Motta
dela deve ser absolutamente diferente do
meu Motta. Foi uma questão de escolha. O sofrimento da mãe ou do pai. Ela escolheu salvar a mãe, e agora me pergunto: quem escolheu salvá-la?
Desejo apenas que ela ainda consiga encontrar paz.
O Outro link, é coisa rápida
Passageiros ateiam fogo em composição de trem em Saracuruna
Como é que é? Os passageiros estavam reclamando por falta de composição, se rebelaram e decidiram protestar. Vâmo lá. Adoro protesto! Mas, como é que é? Colocaram fogo em uma composição?
E tava reclamando de que mesmo? Falta de composição? Pois bem, agora tem MENOS uma.
Boa maneira de protestar.
Sem comentários. Aliás, com comentários.
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