Sou de gêmeos. Sou dois extremos. E se música é vida, vamos tocá-la no maior decibel.
Chris diz que eu repito as músicas. Mas quem não repete os vícios? Se o trident de Tangenina Mix é sensacional, porque eu não posso mascá-lo, repetidamente, até enjoar?
Sou impulsiva, sou extremista. Ou não. Extremista não-fanática. De
querer ao extremo, de querer sempre muito, sempre tudo. Como dizia o Chaves: "
prefiro morrer do que perder a vida". Vida que se perde, tempo que se passa. Tempo não volta, acredite! Não no efeito borboleta.
Meu sentimento de "manteiga voadora effect" me permite apenas relembrar. E se a lembrança traz o gosto e o gosto traz a lembrança, por que não ler, reler, ouvir e reouvir?
Ouço as mesmas músicas, o+*, porque sou lose
r. Ouço as músicas que me lembram algo, alguém. E não preciso nem dizem
quem.
Sim o Jay Vaquer grita, mas grita o grito que me trava a garganta. E se cantar com ele alivia a tensão, limpa os poros e até o rosto fica mais suave, por que não repetir até tirar todo esse acúmulo de coisas pesadas e mortas?
Pra você entender o
porquê o escolhido do momento foi o Jay Vaquer, vou tentar explicar como meu raciocínio se desenvolve:
Quando ouço "
Insisto, resisto, invisto no jogo sem cartas na mesa, certeza: nenhuma!", lembro o quanto você me diz que isso é chato, que sou pegajosa. "
Perfeito. Bom proveito! Escolha o meu defeito e me dê!".
Eu me pergunto, me questiono! No fundo "
eu acho tudo tão claro pra qualquer um. Eu sei que me custa caro pensar demais".
Te conto que mais uma vez "
eu perco o sono lembrando cada gesto (...), qualquer bandeira". Procuro sinais. Você me mostra coisas que eu não conseguia ver! O que "
ninguém explicava e eu ficava sem entender".
Tenta me explicar que não existe sinal. Que tudo não passa de um jogo de gato e rato. Que eu devo "
fingir que tá tudo certo, que a minha vida continua da mesma maneira", mas tudo que eu penso é "
que o jogo é jogado, deixa de lado o resultado", que nesse jogo de ganha-ganha, todo mundo sai perdendo. Eu finjo que aceito, finjo que entendo. "
Sem alarde me recolho, escolho me calar".
"
Eu não sei viver triste, sozinha, é a minha condição". Como você mesma diz: "
você, madre teresa, uma bondade só!" Mas no final das contas, de que adiantou tanta justiça, tanta lealdade? A gente descobre que mesmo "
quem com o ferro não fere, será ferido também!"
E aí é hora de reiniciar o playlist, porque meu raciocínio porque eu até entendo, mas "
insisto, resisto, invisto" e o jogo vai sempre continuar.
Ps.: Ainda bem que você não tá aqui hoje pra reclamar da gritaria do Jay!
Trechos retirados das músicas: Nera, Idade se eu quiser, Na próxima vez, Preciso dizer que te amo, Quando fui Fred Asteire, Aquela música, A miragem, A falta que a falta faz, Condição, Mondo muderno, Você não me conhece e Nera.
Preciso nem dizer que essa música não tá aqui no post, mas que é a que eu mais gostaria de poder ouvir um dia, né?