segunda-feira, 3 de maio de 2010

Entre sonho e realidade


Acordei dormindo, dormi acordando.
Fechei os olhos e vi conhecidos, roupas militares.
Um helicoptero verde-musgo, e a hélice girava nos dois sentidos como meu ventilador de teto.
Um parque aquático, com escadas rolantes e, numa altura equivalente ao 9º andar, uma corda de bungee jump.
Desse eu não pulo, tenho medo. Não da altura, mas do impacto da gravidade contra o meu corpo.
Quero voltar p'ro de antes, o uniforme militar, o céu e o paraquedas.
Seria esse compartimento um para-quedas?
Se não tiver um para, me traga uma queda. Me impulso, me solto. Não do bungee Jump.

O que me assusta na corda elástica não é a altura, afinal, meu maior medo tem menos de 1,70m e é algo que não consigo controlar.
O que me assusta é ter os pés atados. Amarrariam os pés mas prenderiam os pulmões. O ar não viria, bem como a sensação de liberdade.
Apesar de amarrar e prender serem verbos que não combinam com geminianos como eu, estou presa agora, confesso.
Me prendi nos cabelos compridos, naquele sorriso de deixar qualquer um sem fôlego.
Mas meu fôlego - quanta ironia! - se encontra na boca do mesmo sorriso. No cheiro do mesmo pescoço.
E se tudo é contraditório e meu medo me afasta do fôlego, difícil é decidir entre viver sufocada, ou sufocar aliviada.

Preciso falar! Preciso falar! Preciso falar!

h'[m]

5 comentários:

Dani disse...

ADOREI!

Hugo de Oliveira disse...

Grite alto...vai..


gostei demais dessa postagem.


abraços

Hugo

Má disse...

"E se tudo é contraditório e meu medo me afasta do fôlego, difícil é decidir entre viver sufocada, ou sufocar aliviada".

Mt bom, mt bom!

Diego Rebouças disse...

Comentário meio nada a ver, mas achei linda a foto!

O+* disse...

Agora que to lendo direito...o post tá lindo com vários jogos de palavras bem bacanas... coloca este no ranking, bota o inicio dele aí do lado...