Acordei dormindo, dormi acordando.
Fechei os olhos e vi conhecidos, roupas militares.
Um helicoptero verde-musgo, e a hélice girava nos dois sentidos como meu ventilador de teto.
Um parque aquático, com escadas rolantes e, numa altura equivalente ao 9º andar, uma corda de
bungee jump.
Desse eu não pulo, tenho medo. Não da altura, mas do impacto da gravidade contra o meu corpo.
Quero voltar p'ro de antes, o uniforme militar, o céu e o paraquedas.
Seria esse compartimento um para-quedas?
Se não tiver um para, me traga uma queda. Me impulso, me solto. Não do
bungee Jump.
O que me assusta na corda elástica não é a altura, afinal, meu maior medo tem menos de 1,70m e é algo que não consigo controlar.
O que me assusta é ter os
pés atados. Amarrariam os pés mas prenderiam os pulmões. O ar não viria, bem como a sensação de liberdade.
Apesar de
amarrar e
prender serem verbos que não combinam com geminianos como eu, estou presa agora, confesso.
Me prendi nos cabelos compridos, naquele sorriso de deixar qualquer um sem fôlego.
Mas meu fôlego - quanta ironia! - se encontra na boca do mesmo sorriso. No cheiro do mesmo pescoço.
E se tudo é contraditório e meu medo me afasta do fôlego, difícil é decidir entre viver sufocada, ou sufocar aliviada.
Preciso falar! Preciso falar!
Preciso falar!
h'[m]
5 comentários:
ADOREI!
Grite alto...vai..
gostei demais dessa postagem.
abraços
Hugo
"E se tudo é contraditório e meu medo me afasta do fôlego, difícil é decidir entre viver sufocada, ou sufocar aliviada".
Mt bom, mt bom!
Comentário meio nada a ver, mas achei linda a foto!
Agora que to lendo direito...o post tá lindo com vários jogos de palavras bem bacanas... coloca este no ranking, bota o inicio dele aí do lado...
Postar um comentário