quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Virtual Life

Eu passo mais da metade do meu dia olhando pra uma tela de computador. Considerando que eu "perco" cerca de seis horas por dia dormindo, totalizando 18 horas "úteis" por dia, dá pra considerar que vivo até 75% da minha vida virtualmente.
No trabalho, são cerca de 7 horas diárias, que mesclam entre prazer, vício e obrigações. Alt-&-Tab reina por aqui o dia todo.
A saída é ter sempre alguma coisa pra compensar outra. E foi por isso que criamos esse blog: para compensar a estafa mental de tantos processos, dando uma liberdade de expressão ao cérebro, tão massacrado por aqui.

No início, eu queria um blog pop. Queria que todo mundo me lesse e pensasse: "gente, ela é assim?", porque tenho a plena noção que as pessoas têm uma visão completamente errada da minha pessoa. Exceto as que me lêem.
Alguns belos meses se passaram, e eu percebi que blog me traz auto-conhecimento. Me analisando por aqui mensalmente, eu percebo o quanto eu sou instável.
Tendo noção disso, eu consigo me controlar, me entender e me aceitar.

Mas não é só de mim-comigo-mesma nem de mim-com-a-asterisco que sobreviveu este blog. O vício me fez fuçar outros blog, entrar em outras vidas. Outras vidas trouxeram outras visões e outras verdades. Fiz vários amigos por aqui, e rendeu até um cinema com um deles - bem especial por sinal - que virou amigo de carne-e-osso, destransformando a virtualidade.

Li no O Globo Online, que a internet deixará as pessoas mais inteligentes. Será?
Bom, não sei se mais inteligentes, porque inteligência é dentro pra fora, o que acho que não tem muito a ver com tecnologia. Acredito sim que as pessoas possam ficar mais cultas, mais On Time.

Outro ponto que eu discordo com algumas pessoas, é quando dizem que a internet deixaria a pessoa mais "encasulada". Veja o meu caso: Por uma lista na internet conheci dezenas de pessoas com o gosto musical parecido em São Paulo, Recife, Bahia, Minas, etc. E tenho uns 5 ou 6 deles muito presentes até hoje.*
Pela internet descobri que sinto atração por meninas e foi só por este meio que consegui chegar até elas. Eu praticamente me descobri e me aceitei por aqui.

As febres mudam: ICQ, mIRC, MSN, Orkut, Twitter, e agora, o meu xodó, o Formspring. Confesso que me tem sido bem útil para fins de interesse pessoal, mas agora tô caindo nas graças da "amizade inesperada". Pergunta vai, pergunta vem e eu tô completamente viciada em saber mais daquelas pessoas que me rodeiam. Amigos, amigos de amigos... É uma bola de neve absurdamente viciante e eu, que quase não sou curiosa, tô bem feliz por poder desenvolver esse lado "explorador". A única coisa que não tô gostando nisso tudo, é que tem gente confundindo as bolas e metendo os pés pelas mãos.
É verdade que eu me interessei por uma pessoa, mas eu tô longe de estar dando mole pra uma, muito menos pra duas! Eu tô com preguiça de falar dessa história de noooooovo, mas resumindo: eu sou legal, não estou dando mole.
Quando eu quero uma coisa, eu costumo falar, e não deixar subentendido. Entendido?

Ah! E espero que os detetives de plantão tenham gostado do post. Tá cheio de informação pessoal. Enjoy it!


["Escrevo num diário mentiroso
e a indução carnal traduz o certo em virtual.
As cortinas da imaginação fugaz,
estão fechadas para nós com seus mistérios - Nada mais"]
Playmobille - As Pontes

h'[m]

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Que rei sou eu

Ao contrário da O+*, eu não sou uma superheroína com identidade secreta.
Metade dos leitores daqui sabe da minha existência, já me viu e até já me tocou. Tenho 25 anos, de tamanho GG, beirando os 1,76m por 70 e alguns kilos, bem acima da média do brasileiro.
Não posso dizer que sou frangote, porque os kilos citados acima variam - geralmente pra um pouco a mais - dependendo da minha atividade física. Quais? Pergunta difícil. Como boa geminiana, intercalo altos e baixos, esportes e movimentos de todos os tipos. Já fui tenista, marombeira, futebolista, nadadora... Agora, fico só no futebol 2 vezes por semana e academia alguns minutos por dias - sem contar as 2 ultimas semanas, que tô afastada por uma maldita torção na musculatura próxima a cervical, dorsal, ou algo do tipo.

Enfim, todo todo lenga-lenga acima foi só pra dizer que sou um mulherão - no sentido denotativo da palavra - tecnicamente ativa e saudável, e que hoje de manhã, todo esse conteúdo ficou desmilinguido perante um inseto. Comofás?
Bem na hora do meu sagrado banho matinal, uma maldita barata de 3 metros me apareceu no banheiro. Olhei pra ela, ela me olhou. Bem no estilo Kafka. Recoloquei minha roupa, sai de fininho e comecei a chamar o Motta pai.
Eu só sabia falar pra minha avó: "Olha o meu tamanho pro dela, vó. E olha o que ela faz comigo!", e ela, que completou 81 anos ontem, só sabia fazer rir e mandar enxotar a bicha pra lá. Gente, eu mandei ela sair umas 15 vezes e ela não me ouviu. Denovo: Comofás?
Quinze minutos se passaram até meu pai me atender e falar: "Você deve estar de sacanagem, né?". O pior é que não, Motta, eu realmente estava com pavor daquele bicho.
Perdi meu reinado por uma barata. Logo eu, que me considerava muito mais macho que muito homem...

Depois de uns 27 minutos, praticamente contados no relógio, de toda aquela correria de avó e pai atrás do bicho no banheiro, ela saiu pela janela. Respirei, contei até 10 e fui encarar o banho.
Lógico que não sou burra, e mantive os olhos bem abertos e a boca e as pernas bem fechadas. Afinal, não seria nada legal a barata reaparecer e entrar em algum buraco indevido. Certo?

h'[m]

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sugestão da Critica

Eu sei que eu não deveria acreditar no que a crítica diz, mas juntando o que a crítica e o que o boca-a-boca indica, separei 7 filmes pra ver. Listados em ordem alfabética:

O Amor Segundo B Schianberg - Brasil (2009)
Em um apartamento, ator e uma videoartista desenvolvem um jogo amoroso onde a arte e a paixão se misturam. O filme é inspirado no personagem Benjamim Schianberg, do livro "Eu receberia as piores noticias dos seus lindos lábios", de Marçal Aquino.

Ervas Daninhas - França (2009)
Baseado no romance “L’incident”, de Christian Gailly. Marguerite, uma dentista solteira, tem sua bolsa roubada. Seus documentos são encontrados por acaso por Georges, casado e pai de dois filhos.

A Fita Branca - Alemanha/Áustria/França/Itália (2009)
Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, estranhos eventos perturbam a calma de uma pequena cidade na Alemanha. O longa, representante da Alemanha, recebeu o Globo de Ouro de melhor filme de língua estrangeira. Indicado a dois Oscars.

Julie & Julia - EUA (2009)
Baseado em história reais. Julie Powell (Amy Adams) é uma escritora frustrada, que trabalha em uma triste central de atendimentos. Às vésperas de completar 30 anos, Julie dá uma guinada em sua vida ao decidir escrever um blog sobre gastronomia.
A idéia era desenvolver, ao longo de 365 dias, as 524 receitas do livro de Julia Child (Meryl Streep), a cozinheira que ficou famosa nos anos 50 por desmistificar a culinária francesa para as americanas.
Seguindo à risca os conselhos de Child em seu livro "Mastering the art of french cooking", Julie conquista uma legião de seguidores em seu blog, intitulado "The Julie/Julia Project", que não demora a figurar na mída e lançá-la em uma editora.

Nova York, Eu te Amo - França/EUA (2009)
Reunindo um elenco estelar de Holywood em onze curtas, “Nova York, eu te amo” conta histórias de amor que se passam na cidade que nunca dorme. Nos moldes de “Paris, te amo”, o longa é um mosaico de olhares tecido por cineastas consagrados, como Fatih Akin, Yvan Attal, Allen Hughes, Shunji Iwai, Wen Jiang, Shekhar Kapur, Joshua Marston, Mira Nair, Brett Ratner, Andrei Zvyagintsev e pela diretora novata, a bela atriz Natalie Portman.

Preciosa - EUA (2009)
Claireece Jones Precious sofre privações inimagináveis em sua juventude. Abusada pela mãe, violentada por seu pai, ela cresce pobre, irritada, analfabeta, gorda, sem amor e geralmente passa despercebida.
Após muita luta, dor e impotência, Preciosa começa uma jornada que a levará ao um mundo de luz, amor e auto-determinação.

O Segredo Dos Seus Olhos - Argentina/Espanha (2009)
Após trabalhar a vida toda em uma corte penal da Argentina, Benjamin Espósito se aposenta. Seu tempo livre o permite realizar um sonho: escrever um romance. Para isso, ele toma como inspiração cenas trágicas que presenciou em sua vida profissional. Mas as lembranças que o levam de volta ao ano de 1974 o fazem retomar a investigação afim de solucionar o caso, até então arquivado. Indicado a um Oscar.


A meta é conseguir ver todos esses até sexta-feira que vem. Rolou até um plano furado de ver 3 deles, hoje, mas preferi dar uma bombada no trabalho além de não exigir muito do pescoço.
Pra quem se interessou em algum desses, please, companhias são sempre muito bem aceitas. Pra quem viu algum desses e não recomenda, favor informar e justificar.

E você: viu, quer ver ou não devo ver, e por quê?

h'[m]

Como a internet salvou minha vida

Cheguei em casa ontem e fui direto pro computador. Encontrei um prêmio: Uma notificação - aberta - de multa. Pela lógica, percebi logo que teria se tratado de uma indireta do meu pai, sagaz: "toma que o filho é seu". Só de olhar aquele papel, eu já sinto palpitações, afinal, gato escaldado...

Na fração de segundos que demorei entre ver e pegar a notificação, um filme se passou na minha cabeça: os filmes que eu deixaria de ver, as sobremesas que eu deixaria de comer ou, ainda, a festa que eu teria que deixar de ir para pagar os determinados reais. Com os pontos não me preocupei muito, na real, todas as minhas multas anteriores foram computadas no nome do meu pai. hahaha [risada sarcástica].
Enfim, peguei, abri. Data 17/01 - Hora: 20:36, Local: Rua Gomes Freire, perto de alguma praça da qual não lebro o nome.
Gelei. Perto da faculdade, num horário onde eu facilmente poderia estar indo pra alguma social, show, evento, ou o que quer que seja.
Continuei: Infração: I - em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos. OPA! Buzina? Porra, eu quase não buzino, detesto buzina.

Pensei, pensei. Primeiro me veio a revolta: "gente, eu não buzino, não discuto no trânsito! Como o policial vai provar isso? O Corno só pode ter ouvido e confundido os carros, só pode!"
Olhei, olhei, olhei. Fui averiguar: Dia da semana: Domingo. Enfim, eu sempre saio de carro fim de semana. Fudeu. Como provar que não fui eu? No blog tem algo? Não achei nada de muito relevante. Gmail?
Opa. Um e-mail do dia 17/01 me inscrevendo na lista de uma festa. BINGO!

Comecei a juntar as informações contidas no gmail, no blog e no bloco de notas mental: Dia 17 foi o dia da Heaven. Eu sai de casa domingo a tarde e não voltei antes de segunda a noite. Nessa hora eu abri um sorriso giga e pensei: "Ah há! Não fui eu, chupa essa manga!"
Na verdade, a primeira coisa que me veio na cabeça foi: "Ah, agora a Flávia pára com essa mania de sentar a mão na buzina que eu odeio." Mas depois eu lembrei: ela vai dizer que não foi ela, vai espernear, dar piti, chorar, e meu pai encobre ela. Meu lado Sherlock Holmes virtual não vai servir de nada?

Bom, pelo menos os R$ 53,20 não vão sair do meu bolso! ho-ho-ho

h'[m]

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Comentando as férias I

Se tem algo que eu fiz nas férias e fiz bem feito, foi ouvir música. ouve toda uma mescla de gostos musicais, puxando do antigo, pro novo até o recente. Descobri que minha loucura tem trilha sonora. Em itálico assim porque é trecho de uma música, especificamente uma das mais ouvidas na viage a Saquarema. Pra quem não conhece, gogleie "No Porn" que vocês vão achar um CSS kitsch.
Prazamegas que adoram uma zoação pré-night, "Baile de Peruas" não pode faltar. Já pros que gostam do bate-cabelo ou música, música, música, indico o Xingú.
Baixei o cd do No Porn e gostei. Mas deixo claro, MPB - Musica para Brincar.

Mas o achado do ano mesmo foi o CD do Playmobille, cuja banda já conhecia e gostava já faz um tempinho. O CD, um dos pouquíssimos que circulam por aí, consegui de presente do Gugu Peixoto, vocal da dita banda e integrante dos Varandistas, grupo de escritores e compositores que adoro.
Como consegui o feito? Simples: explanei em público meu lado fanzinha doPlaymobille durante um show na Urca, com participação deles. Acabei conhecendo pessoalmente os demais integrantes da banda e agora sou mais fã do que nunca!
Pelo site deles dá pra ouvir quase tudo, exceto duas músicas inéditas: "As Pontes" e "Um dia se fez mudo". A primeira é simplesmente perfeita. Não tenho como hospedar, mas achei um link que, aparentemente, dá nela. Tente aqui. Depois alguém me diz, por favor, se deu certo.
Já que o post tá todo cheio de link e informação, acabei de achar o link de venda do CD. \o/. Super Recomendo!

As outras pastas mais tocadas no Lobo Mau não são muito recentes: Cassia Éller - Acústico e Luciana Melo - Asim que se Faz. Esse último deu um certo trabalho. Estava a meeeeses procurando o cd - pra baixar e comprar - e só achei - pra baixar - faz algumas semanas. Aí, pra estragar o cd, na opinição de alguns, eu adicionei Fresno e Violins, além do No Porn. Pra fechar, MPB sem erro: Ana Carolina, Jay Vaquer e Maria Gadu.
Depois desse cd literalmente recheado, por que as pessoas não conseguem entender o porquê de eu estar praticamente morando no carro?

Lembrando que eu viciei to-do mun-do com Playmobille, alguém tem indicação de algum potencial novo vício?

ps.: Primeiro lado negativo de se voltar ao trabalho: controle do horário. Tenho 20 minutos pra almoçar!

ps2.: copiei a o+* e também tenho meu próprio formspring: http://www.formspring.me/femottta
h'[m]

Será que muda?

De volta a labuta depois de 27 dias fora. A ausência mais longa que já tive nesses cinco anos e meio de Adult Life. Confesso que gostei da brincadeira, apesar de já me considerar super preparada pra voltar.
Tudo bem que sequer abri a caixa de entrada pra ver as tarefas do dia, mas tô me limitando, por enquanto, a reabilitação notiana, alguns mil e-mails sem ler.
Ainda não consegui distinguir o que mudou ou não nesse mês. Notável mesmo, só os kilos a menos na balança, o que super deu um up na minha auto-estima. Aliás, já tenho uma, agora. Um belo avanço, não?
O que não mudou foi o nome que me ronda os sonhos e o meu nome na boca do sapo. O sapo mudou, o assunto não: minha própria vida afetiva. Devo estar dando audiência. Boninho perdeu uma bela Sister, diz aí?
O T não mudou. Mudou que ele agora é não mais solitário. Foi incrementado com um C. A letra não mudou, mas o nome...

Nesse "o que muda e o que não muda", quase mudei de casa. Passei cerca de 30% das férias no bairro carioca famoso por ser o mais quente da cidade: Bangu. Acha pouco? Então põe na balança que 55% das férias foram passadas na rua. Chupa essa manga!


Como nos velhos tempos, pra variar, o meu horóscopo sempre bate. Segue, para conhecimento.

Gêmeos - de 21/05 a 20/06 - regente: Mercúrio
Hoje, tudo parece funcionar bem. Nenhuma surpresa desagradável. Aliás, mudanças podem acontecer, mas no sentido de expandir seus horizontes, seja através de viagens, encontro com algum ensinamento que eleve o seu espírito ou simplesmente enxergar uma direção mais favorável na sua vida.


Bom, depois de tanto bla bla bla de coisas aleatórias e dez.necessárias, só me resta retornar aos meus afazeres e, logicamente, ao suporte de informática, porque não lembro a senha de programa algum, e já consegui bloquear dois deles por tentativas demasiadas. Acho Bafo!

h'[m]

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O monstro que me habita

Depois de 4 ou 5 dias de sessão Dexter, terminei a primeira temporada. Nos primeiros capítulos me peguei assustada, com medo de mim mesma. Por que teria eu tanta semelhança com um psicopata, um serial killer?
Ao desenrolar dos episódios, fui identificando pequenos detalhes na personalidade que mostram que a semelhança é tão natural que é sutil. O que pode parecer um tanto cruel pra alguns, pra ele, nada mais é que a verdade. A sua verdade.
Tem tanta coisa sobre mim que eu escondo, como algumas mentiras que contei. Algumas que continuo contando. E nesse jogo de indas e vindas, me vejo cada dia mais cercado de gente. De gente que não me conhece.
Uma das poucas que me conhece a fio, está de férias de mim. Imagino que a essa hora ela esteja lendo algum livro a beira da piscina, com a caçula ao lado. E essa falta de terapia me trouxe uma reviravolta na cabeça. Quero mudar tudo.

Quero não precisar fingir ser boa anfitriã. Quero poder falar que não quero ir a farme sem medo de demonstrar a sociopata que sou. Tenho aversão a multidão, a essa diversão fake. A pessoas mal educadas.
Na verdade, tenho medo da minha reação com pessoas mal educadas e mal agradecidas. Eu tenho um lado amargo que quase ninguém vê e, nessas situações, ele fica na epiderme. Qualquer descuido pode ocasionar em um grande estrago.
Eu não quero pessoas por perto, hoje. Apesar de não parecer - e até de eu falar o contrário, de vez em quando - eu não tenho problemas em ficar sozinha. Muito pelo contrário: as vezes é preciso, como agora.

Mas fique tranquilo, senhor leitor. Apesar de todo esse desabafo, não se assuste. Eu não costumo fazer mal a ninguém, exceto a mim mesma.

A Luta

Eu convivo com meus medos e quase posso conviver bem com eles. O único medo que não consigo lidar é com aquele cheiro de 1,70m e ombros largos.
Mas como estou repaginando a casa e a vida, decidi que a partir de hoje, vou me limitar a querer o que eu posso querer. Aliás, não posso limitar o que eu posso querer, mas posso limitar o que eu posso buscar, o que quero correr atrás.
"Cheirar quem me cheira" é assim que vai ser daqui pra frente.
E será que já dá pra por em prática em pleno carnaval?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Pelos dedos e cotovelos

Eu sempre tenho o que dizer. Ainda que nada no dia me aconteça e eu diga que nada tenho a dizer. Eu sempre tenho algo a pensar. E se eu penso, eu falo. E pelos cotovelos. Não há assunto que eu não saiba disertar. Alguns por um ou dois parágrafos, outros, em uma bíblia inteira. Mas a verdade é que eu falo pelos cotovelos.
Atualmente, eu tenho escrito mais do que tenho falado. Tenho rabiscado muitos papeis mundo afora. Soltando bastante caracteres por aí - e aqui. Eu amo escrever.
Outro dia me peguei escrevendo coisas pra pessoas que nunca receberão notícia e me perguntei: por que? Que tanto medo é esse de me deixar levar? Onde foi que eu me perdi?

Hoje pensei na tristeza que vem me conduzinho a alguns meses e não achei legal. Não achei justo ou correto. Pensei que deveria puxar uma pessoa pela gola e falar tudo que tá na garganta, talvez isso tirasse esse nó de dentro e diminuisse o enjoo que sinto toda vez que a vejo.

E pensando nisso tudo, conversei comigo mesma e decidi. Já que 2010 tá intenso, minha promessa de ano novo está sendo declarada: ser leal comigo mesma.
Meus textos, poesias, e até falas quase-decoradas não merecem ficar dentro do HD, dum papel amassado e muito menos presos na garganta.
E já que é pra lançar tendência, inicio: Operação Trava Zero, Eu Participo!

h'[m]

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Perdida em Casa

Confesso que tô achando tudo muito estranho por aqui. De férias no trabalho, tenho me ausentado bastante, e ainda tô me acostumando com tanta informação literária e visual. É como chegar de viagem e ver sua casa toda reformada. Não que seja bom ou ruim, mas tá tudo muito estranho. Se nem o bebedouro se encontra no mesmo lugar, e ae, comofás pra matar a sede? Resta pedir ajuda pros universitários.
Ainda me questiono se isso é culpa da minha vontade de voltar a ter um blog pop. Alias, aqui anda bombando mais que a TW, um entra-e-sai, um vuco-vuco de comentários, que até assusta um pouco, mas nada que uma pequena série de terapia com a amiga blogueira não resolva meu trauma.

Esse finde bateu uma bad escrota, que resultou no post de ontem.
Shiva me deu paciência e sabedoria pra não falar coisas de mais ou de menos. Me deu até uma chance de um novo dia sem ressaca. Aliás, falando em ressaca, amanhã é dia mundial de fernanda sem alcool. Quero curtir o Bloco da Preta totalmente careta, que é quase uma nova meta pra 2010.
Já que eu já cumpri todas as minhas metas do ano e to até me sentindo meio sem rumo, uma vida mais saudável e natureba pode dar um fôlego.

Tô com medo do fim das minhas férias, porque to adorando tudo isso de não ter hora pra nada, e ter tempo pra tudo. Amigos, praia, cadimia e Yoga. Dá pra encaixar um pouco de cada e deixar o dia bem mais divertido.

Falando nisso, no carro, o kit praia já tá completo com Kanga, Kit Frescobol e Bola de Futebol. Tudo isso acompanhado de CD's com as maiores variedades sonoras - de bom gosto - possíveis. Querendo dar uma pinta por aê, beijomeliga!
E vâmo que vâmo porque o carnaval no Rio já começou!

h'[m]

Grito no Silêncio

AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Comofás pra cabeça voltar ao normal?
Tudo bagunçado aqui dentro.
A dor de cabeça de agora, indica a ressaca de amanha!

sem mais.
h'[m]

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Relatório da Ausência

Depois de quase uma semana inteira sem aparecer, resolvi recorrer ao meu canto terapeutico porque preciso de palavras de afeto.

Peguei meu sonho realizado na quinta. Resisti. Não chorei.
Estou um pinto no lixo até agora, mesmo depois de já ter feito 560km muito bem aproveitados.
560 kilômetros que incluem desde cartório e Detran, até Saquarema, Norteshopping e Ilha do Fundão. Sim, hoje retornei a minha segunda casa. Passei o dia no clube dando pinta.
40 minutos na série nova frenética, 10 de bicicleta, 20 de esteira e 1 hora de yoga. Adorei fazer yoga. Aliás, foi a única hora do dia que não pensei em quem não deveria pensar.

Só pra constar, Mad já virou o apelido principal, oficial. Não é mais nossa piada interna, amiga blogueira (espero que não fique chateada por isso!).
Final de semana foi perfeito, só pra você se situar, foi bem parecido com a outra viagem, só que ainda mais melosa, se é que você acredita nisso. E deveria acreditar! A questão é que no final das contas nada mudou: mal chegamos no Rio e a história (re)mudou e somos, novamente, meras desconhecidas.
Minha cabeça tá num mafuá incrível. Antes eu tivesse me apaixonado pelo George Cloney e seu Kenzo Air. Acho que daria menos trabalho.

Estou com 73,5 kgs. Um a menos de quando sai do Rio, mesmo com os 4 dias consecutivos de orgia gastronômica, regado exclusivamente a churrasco, cerveja, ice e pizza! Aliás, só fiz comer, beber e rir na viagem, que foi maravilhosa!

Dormirei porque amanhã pretendo acordar cedo. Espero chegar no Bem-Estar as 9 ou 10h, fazer minha série, imendar numa aula de jump e terminar na yoga, antes de partir pra praia.
Ah! Amanhã levarei a agenda rosa. Passa no E.B.E? O Lobo Mau estará estacionado próximo ao clube e poderemos dar uma volta!
Já me informa antes se você vai querer o relatório com detalhes, ou curto-e-direto, ok?

Por enquanto é só. E já que eu tô toda trabalhada nas gírias e nas pintas por aí, comofás pra voltar ao ambiente de trabalho desse jeito?

Sem mais.
h'[m]

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Jornalismo investigativo

Depois da genial investigação feita pelo Fred, percebi que blog também pode ser um instrumento de busca da verdade e, então, abri mais uma vertente em nossa produção.
Mas a verdadeira inspiração foi o texto do Veríssimo sobre George Clooney: Como poderia eu viver atravessada pela dúvida que este artigo plantou em mim?
Como iniciativa não falta à Mulher Asterisco, nem charme, me insinuei até ser convidada pelo George para tomarmos um Nespresso da sua nova máquina.
O primeiro boato que se desfez já numa breve aproximação é sobre o mau-cheiro. George cheira à Kenzo Air...dá para sentir a 5 metros de distância. Mas o verdadeiro milagre é que bem perto o cheiro não é forte, é como se uma suave aura perfumada o envolvesse e magnetizasse o espaço a sua volta. E Clooney é o único homem no mundo que cheira a Kenzo Air. Ele me contou - claro que perguntei, era para isso que eu estava lá- que mandou suspender a produção comercial do perfume pelo fabricante, e  hoje o Kenzo Air só é  produzido para o seu consumo pessoal e deleite daqueles que se aproximam a menos de 6 metros dele. Você duvida? Tenta comprar um então!
Depois de 15 minutos de papo eu já não conseguia articular meus pensamentos, muito menos pensar numa pergunta para continuar a entrevista e esqueci completamente de perguntar sobre sua coloração política, mas surpreendemente perguntei sobre outras cores. Pedi para conferir sua marca de banho de sol (eu precisava conferir se ele usa sunga ou calção, não sei porque, mas isto me pareceu extremamente importante na hora ) propondo uma aposta: Vamos comparar nossas marcas de roupa de praia e ver quem está mais bronzeado? Depois de pegar um sol sem filtro na Ilha Grande no domingo eu bem que estava me garantindo ;-). Ele aceitou na hora, como se já estivesse esperando por aquilo... E assim percorremos milimetro por milimetro de pele um do outro checando quem estava mais moreno. É claro que eu ganhei aposta!!! Nunca aposto se não tenho certeza.
Depois de todo este exercício extenuante, tomamos aquele café e nos despedimos certos de que nossa amizade é inabalável e que nenhuma calúnia pode destruí-la.
Porém, a proposta de transformar o blog num baluarte do jornalismo verdade vai ter que ser adiada por enquanto, uma vez que eu, como reporter, ainda preciso aprender a manter uma neutralidade em relação ao objeto investigado que, honestamente analisando, não fui capaz.
Agora  me explica, se simpatia já é quase amor, o que é a amizade então?

O+*

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Segunda sob a lei

Depois que parei de fumar -repararam no verbo conjugado no pretérito perfeito???- e comecei a dirigir, vários hábitos meus mudaram.  E sem o cigarro, algo mudou também em meu paladar. Não gosto mais de cerveja. Até bebo porque não me conformo e quero reeducar meu paladar. Mas gostar, não gosto. Melhor. Porque também não fico tentada a dirigir com alguns graus Gay-lussac na minha cachola. E, aí parece que houve uma daquelas conspirações - benéficas, neste caso - pois se juntar  a lei seca com os meus reflexos mais lentos após um ou dois copos, é realmente recomendável eu não beber. É claro que a vodka com frutinhas e adoçante, por ser docinha, ainda faz minha cabeça, mas se é para dirigir, não bebo. Nunca fui tão responsável como sou agora.

Mas o post é sobre algo em mim que insiste em se revoltar. Sem fumaça e alcool, minha disposição para a transgressão anda bem restringida. Sexo e Hardcore sobreviveram, menos frequentes do que deveriam, é verdade, mas ainda falta algo mais. Falta um desafio aos bons modos, um desafio ao que é sensocomumente correto. Até tenho a herança de anos de desafio na alimentação e na estética pessoal, mas aí tambem já escolhi  me render aos apelos da saúde, do comedimento, da não  extrapolação. E é esta a turnê 2010 da Mulher Asterísco. Enfim, enquanto eu ponho limites em mim mesma e me educo para ser saudável e bom exemplo para minha filha, algo em mim continua gritando. Me orgulho da jornada, mas não aceito domar totalmente o perigo em meu olhar. Pois bem, desde então, elegi o meu comportamento perigoso favorito: sol sem proteção. Em segredo, claro! E vez por outra, como ontem,  passo o dia no sol sem filtro solar.
Hoje, meus lábios queimam...Não há comportamento de risco sem consequências.