quinta-feira, 13 de abril de 2017

Quem é vivo sempre aparece

Rumores indicam que o blog voltará às atividades em breve.

Será?


h'[m]

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Desordem

Desses vazios. Dessas noites. Sem sono. 
Ou ainda com sono. Que não consigo dormir. 
Sem coragem. Sem bagagem. Mas Esquece. É bobagem. 
Já nem sei. Porque não lembro. Mas é assim. É sempre assim. Uma hora passa. Porque sempre passa. Eles me dizem.

É o que dizem.

Não se preocupe. Não é surpresa. É só tristeza. É só vazio. 
Cada. Palavra. Repetida. 
Vira verso. No verso. Dessa história.
Então não ligue. 
Se eu te ligar. No meio da noite. E começar a dizer. Um monte de coisas. Que não fazem sentido. 

Porque as vezes tem horas. Que não quero falar nada. E começo a falar tudo.

Mas logo as horas passam. 
E tudo soa confuso.
O vazio retoma.
De novo.
Silêncio.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A Urgência


Mais um ano começou, Janeiro chegou e, com ele, um novo velho amigo: o CTI.

Fui internada no dia 29 com embolia pulmonar, e como se isso já não fosse perigoso por si só, o meu caso foi bem específico, causado por um coágulo resultante de uma trombose. Foram apenas três dias de CTI, que até tirei de letra. Mais quatro dias no quarto, e já estava pronta pra voltar pro mundo real.

Confesso que voltar pros 40º do Rio de Janeiro foi bem difícil, mas se eu sobrevivi a uma embolia e uma trombose, o resto é moleza (ou não).

Brincadeiras à parte, foram dias bastante difíceis. Alguns mais, outros menos. Mas sempre vejo as dificuldades como aprendizado e, mais do que isso, sabia que aquilo nada mais era que resultado das minhas escolhas, E se a gente deve mesmo aceitar as consequências do que achamos que nos faz melhor, essa era uma das minhas. Castigo, punição, puxão-de-orelha, o que seja. Era algo que eu precisava pagar pra aprender.

Aquela dor desconcertante na lombar, nada mais era que a reunião de um pouco da dor de cada dia. Cada cigarro acesso na varanda ou no volante, nada mais era do que uma fumaça que enganava o nó na garganta que se formou no dia que ela foi embora. Uns dias mais, outros menos. Um, três, sete, quinze por dia. 
Quis fugir de uma dor, outra se formou.
Enfarto pulmonar, punções que deram errado e mesmo todos hematomas que se formaram. Nada doeu mais do que a falta que ela ainda faz.

É. Talvez eu ainda esteja arrependida por não ter esperado o tempo. Talvez tenha dado tempo demais pro fim e pra dor. Mas a verdade é que o universo sempre nos dá o que a gente pede, e se eu pedi uma dor para poder aceitar o fim, taí: pedido atendido.
O que importa é que mais um mês - tirando o remédio das 17h e os exames semanais que vão me acompanhar por mais 6 meses - nada mudou. O tempo não volta, a saudade não dá brecha. Get over it.

Vida que segue.
h'[m]

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O poema interminado



E fazendo aquela limpa no Desktop, achei um poema que ficou pra depois.

Não é sobre jeito que você faz o café
ou sobre como você me puxa ao deitar.
Não é sobre como você acende o cigarro
nem sobre como você ri vendo tevê.

Não é por você estar sempre linda,
nem por você conquistar tudo com um olhar.
Não é pelo beijo que me derrete,
nem por ajeitar o meu cabelo com a ponta dos dedos.


É sobre esse sorriso festivo
que carrego desde a primeira vez que te vi
É pelo aperto que dá
toda vez que você precisa partir.

Não é sobre os seus olhos que brilham,
nem pelo short branco que voce tanto gosta.

(era pra ter sido continuado.)


Sem título e sem fim, o documento é datado de 26 de agosto. Hoje, 115 dias depois, nem se trataria mais sobre vícios e apegos, mas apenas sobre lembranças. Não seria mais sobre o porquê de querer namorar com ela, mas sim sobre o porquê de não conseguir esquecer.


h'[m]

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A arte de se foder em looping


E aí que você sofre uma desilusão amorosa e se fecha em sua dor. Passa um ano e cinco meses aprendendo a viver sozinho. Centenas de pessoas cruzam o seu caminho durante um dia. Milhares durante uma semana. E de repente, não mais que repente, um dia alguém cruza o seu caminho e você para. Mesmo com a correria do dia-a-dia, você não consegue mais olhar as centenas, mas sim aquele par de olhos.
Pronto. Fodeu. Vai começar de novo.

Você se odeia porque tava mal vestido. Ou porque estava com o cabelo despenteado. Seu carro estava imundo. Você fez barbeiragem no trânsito. Você acha que ela nunca mais olharia pra você de novo. Foda-se. Lembre-se. Seu mundo parou. Só ela pode fazer girar de novo.Você  precisa tentar.
Então você tenta, meio sem jeito, puxar algum assunto. Toma coragem e chama pra sair. Se fodeu, olha: ela aceitou.

E aí vocês saem pra jantar. Ela adorou o vinho que tomou a noite. Uma semana depois chega uma caixa dele na casa dela. Ela amou. E você? Claro! Se fodeu. Fazem os passeios mais bobos parecerem incríveis, e ela tira 30 fotos sua, na mesma pose, para achar o melhor ângulo. Então você decide fazer algo especial. Relaxa, não tá cedo demais, tá na hora certa. Você pergunta, e ela aceita namorar com você. Bom, aí fodeu pra caralho de vez.
Porque você vai viajar. Mas tá tudo tão incrivelmente mágico, que você já não quer mais ir. Sabe aquela viagem que você planejou a vida inteira e sempre quis fazer? Você queria ontem. Hoje não sabe se quer.
- Mas e se for o amor da minha vida? Vou largar ela aqui?

Meu bem, o amor da sua vida te esperou por 20 e tantos anos. Vai te esperar por mais um mês. Então vá com Deus, e volte morrendo de saudades. Passeie pelos lugares lembrando dela, e de como ela iria amar aquele café da esquina. Ela tiraria fotos incríveis desse jardim. Os dias se arrastam. Tudo que vê lembra ela. E eu nem vou repetir que você se fodeu, a essa altura, você já entendeu isso. Pelo menos passou rápido, tá na hora de voltar.
Voltou morrendo de saudades? Se fodeu! Porque ela já não tá mais nem aí pra você.

O seu jeito desajeitado, que antes podia até ser um charme, agora incomoda. E balançar o talher enquanto conversa durante as refeições, acredite, está nauseando ela. As mensagens que ela te mandava ao longo do dia, passam a ter hora marcada. Fotos surpresa? Esqueça. As horas de assuntos aleatórios se tornam monólogos de poucos minutos. Escute o que tô falando. Você se fodeu!

O tempo dela começa a ficar curto. Quando ela chega, vocês estão tão distantes que um beijo de boa noite é quase um adeus. E quando ela não vem é porque, você sabe, tá fodido.

Então, amigo, você precisa fazer algo.
Você decide conversar, mas já não se entendem mais. Falam dialetos particulares e, bom, esquece e fica pra outro dia. Empurre com a barriga.
A ausência dela te incomoda? Ela está conectada e não tá falando com você? Melhor não pensar nisso. A saudade corrói de uma forma que você não consegue explicar.
Abre o armário e encontra o casaco vermelho que ela esqueceu qualquer dia desses. Engula esse nó e pare de pensar em todas as vezes que o casaco esteve lá, mas ela não. E talvez, qualquer dia ela volte pra buscar. Ou não. Fodido, fodido e meio.

Chega. Não dá mais. A saudade te rasga partes do peito que você nem se lembrava ter mas, repare, ela não tá com saudades de você.
Tem um adeus em silêncio e, acredite, ele precisa ser dito.

Você diz que precisa conversar. Ela te chama pro mesmo restaurante onde disse que sim. Você chega, ela não tem nada pra dizer. A conversa vira um looping infinito de coisas que você não entende. Nem ela. Então você percebe que nada que fale trará ela de volta. 
- Chega! Pra mim não dá! Quero terminar. - você desabafa.
E ela responde com um "ok".

Então você tira o casaco vermelho, aquele que você, em sua conversa imaginaria, imaginou ouvir: "deixa na sua casa junto com minhas coisas, amor, talvez eu precise no final de semana que vem". Ela pega o casaco, o tempo vira. A cordialidade se transforma num mar de ofensas. Você acende um cigarro pra se equilibrar no meio do tsunami. Dá um beijo, um abraço sem resposta, e pega o taxi. Terminou mal por causa de um casaco. Mas poderia ter sido simplesmente por você estar de camisa branca. Então, get over it.
Bom, eu tava tentando não falar mas, amigo, você sabia que já tava fodido.

Tudo bem, eu entendo se você terminar a noite enchendo a cara pra esquecer. Mas a ressaca do dia seguinte vai te fazer lembrar.
Eu te falei. Da ressaca. E do quanto você estava fodido.

As palavras dela vão te corroer por bastante tempo. Você vai se fechar em sua dor por um outro tempo. E você vai ficar assim, fodido, até o dia em que cruzar com outra pessoa que fará o seu mundo parar e você perceber: estará começando a se foder mais uma vez.

terça-feira, 11 de junho de 2013

a boa filha

Querido diário é o cacete! A frase épica para o post de hoje é: "I'm Back".


Muitos pensaram que eu não voltaria. Eu pensava que não voltaria. Até os médicos pensavam que eu não voltaria. Mas isso já é outra história.

Seis meses já se passaram desde o meu último texto postado aqui. Tanta coisa aconteceu, tanta... que de quase morte, veio muita vida.
Pra vocês não se sentirem tão estranhos, vou resumir em três pequenas fases: Novembro a Janeiro foi a fase hard-working. Trabalhei e apanhei muito por aqui. E, olha, que pra eu falar que foi muito, é porque foi muito mesmo.

O final de Janeiro foi o mês do medo. Tive uma pancreatite extremamente grave. Mesmo, também. Passei 20 dias no CTI testando minha popularidade e minha queridice. No céu e na terra. A Lição da vida veio em meados de Feveiro. E essa fase de queda-recuperação durou até meados de Abril.

E Maio, assim como em 1984, foi o mês do meu nascimento. Mais que isso: renascimento. Foi quando aprendi o valor de pequenas coisas. Que ser querido não significa ser importante. E que a máxima "dê valor a quem te dá valor" é algo que temos que seguir dia a dia. Maio veio para iniciar a fase de superação!

Não lembro de nada extremamente relevante por agora, mas o importante é que a passagem pelo percurso hard-working, queda-recuperação e superação, foram bastante relevantes para mim. Como todo mundo que passa por algum trauma, a vida começa agora.
Então, queridos amigos, bem vindos a minha nova vida!

;*
h'[m]

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ponte Aérea


Mês passado eu consegui a chance de participar de uma comissão que eu super queria. Não possui vantagem financeira, mas acho que é uma puta chance de ampliar meu conhecimento na carreira e, principalmente, ganhar um pouco de visibilidade.
Quem me conhece sabe que eu sou Petroaholic total. Sonho em seguir aquela carreira bucólica de supervisão, coordenação, gerência, diretoria e, quem sabe, presidência. A maioria dos meus colegas não tem. Mas eu tenho. Não sei porquê, mas eu sempre convivi bem com essas relações de poder. Provavelmente é meu lado geminiano dando ar de existência. hehehe

Claro que ainda estou longe de qualquer reconhecimento considerável, mas, últimamente, me vejo muito feliz com cada nova conquista, mesmo tento que trabalhar em jornadas duplas, sábados, domingos ou feriados.

O primeiro bônus começa daqui a duas semanas: viagem a trabalho. Dia 26/11 vou pra São Paulo. Para os amigos paulistas de plantão: call me maybe!
Fora do horário de expediente, "Sao Paolo is mine"! Tenho 3 noites para aproveitar as delícias da cidade da garoa. Restaurantes, Teatros e, claro, compras (porque ninguém é de ferro!).

Ai que feliz!
Nenhuma cidade brasileira desperta tanto o meu lado consumista quanto SP. "Olá, Cartão de Crédito! Prepare-se pois eu vou lhe usar!"

Volta pra Terra, Fernanda!
Sonho e consumo de lado. Vamos voltar ao foco: trabalho. Porque ralação a gente vê por aqui!



Ahhh! Eu não poderia deixar de comentar: a despeitada da minha ex colocou silicone. (Rá Rá Rá)



Sem mais.
h'[m]

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Retorno, de novo!

Esse final de semana me prometi voltar a escrever. Não porque tenha alguma coisa a acrescentar, ou porquê tenha pessoas pra alfinetar. Mas sim porque recebi um puta elogio - no trabalho - sobre a facilidade que tenho de combinar palavras no papel, me fazendo lembrar o quanto escrever me conforta.
Na verdade, acho que não quero explicar o porquê decidi voltar, mas sim, simplesmente voltar. Exatos 111 dias depois do meu último post, muita coisa aconteceu.

Ainda não encontrei minha nova cara-metade. Ainda me pego sofrendo o término do meu último relacionamento. Ainda tenho o mesmo emprego, os mesmos amigos (que bom!).

MAS... consegui me desfazer de 16 indesejados kilos com muito esforço (talvez pelo fato de que jantar em casa nunca teve o mesmo gosto), reaprendi a fazer mais coisas por mim (talvez pelo fato de ter estado um pouco mais só), percebi que pessoas ainda caem aos meus pés com maior facilidade do que eu costumo acreditar (talvez até mesmo pelo fato de ter passado a cuidar mais de mim) e estou sendo bastante reconhecida no trabalho, tendo a chance de participar de vários projetos legais ( talvez pelo fato de ter voltado a focar no trabalho).

Miami Beach at Collins
Foquei minha dor em viagens, esportes, amigos e cultura. Conheci a noite gay de Mendoza, fiz trilha no Aconcágua, compras em NY e mergulho em Miami.Voltei a jogar Tenis e à academia, comecei a fazer corrida de rua e tomei gosto. Fui a mais de 30 festas, comemorações, encontros e reencontros. Já li "O prisioneiro do Céu", "50 tons de Cinza", "Viagens", comecei a ler "Um dia" e "50 tons mais escuros", mas parei para ler "A Sombra do Vento".

Já vi aquela que penso ser amor por algumas vezes. Em algumas demonstrei afeto. Em outras fiz a linha amiga, mas, como nada disso funcionou, agora, apenas consigo demonstrar indiferença.

E assim se passaram seis meses. Não sei se consegui - nem se quero - resumir esses últimos. Com o tempo as coisas se ajeitam.
Enquanto isso, vou me reacostumando com essa casa antiga. Sacodindo as almofadas e tirndo um pouco da poeira. Passando uma água nos lençois e no chão da sala.
Mas primeiro eu vou descansar, jogar os pés no sofá e decidir: "por onde começar?"


;]
h'[m]

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O quanto ainda dói

Os dias passam. A dor não. Já se passaram 2 meses que a felicidade não mora mais em mim.
No rosto apenas sorrisos falsos ou temporários. Tentando esquecer e esconder toda a bagunça que ficou por dentro.

Preciso esquecer. Preciso esquecer. Mas por que? Porque precisa ser desse jeito tão difícil?
Eu tenho tanta coisa engasgada pra dizer. Entre pedidos e desabafos, um nó persiste na garganta. Uma outra lágrima se mostra viva, e me faz lembrar que ainda é preciso lavar tudo por aqui.
Eu me permito chorar, mas não o tempo todo. É preciso viver. E eu tenho fingido uma vida que até eu, as vezes, acredito.
O quão bem está do lado de fora, é inversamente proporcional à vista horrível que ficou por dentro.

Dor. Dor. Tenho paciência e espero. Cicatrize com calma.
E vamos pra luta. Porque a vida segue.

h'[m]

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Saudade que mata, ou quase isso

Depois de 4 semanas aprendendo a superar um pé na bunda, você opta por gastar todos os minutos do dia para evitar um momento de depressão.
Aí ok. Já chega em casa, pula no banho, bate na cama e, apaga. Não sei quanto a vocês, mas eu sonho cada segundo, as vezes lembro, as vezes não. Mas geralmente lembro.

Ontem foi assim, bati na cama e fui: O telefone tocava e eu não acreditava, era ela me chamando pra jantar. Depois do susto, um banho, uma caprichada no vizú e fui. Chegando na porta do restaurante, sinto uma pressão no meio do peito, ela faz uma cara de assustada, me abraça e fala: "Fê, você levou um tiro!".

Ploft!
Acordei as 2h da manhã extremamente assustada. Demorei a pegar no sono de novo. Foi difícil acordar pra trabalhar, foi difícil focar no trabalho e tô indo arrastada pra academia.
Mas pior é perceber que passei o dia todo pensando: "teria valido o tiro".

Por que a gente é assim, me diz?
POR QUE?

h'[m]

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Xodades é o caralho!

Aí que você posta uma frase no facebook super compactando o final de semana, cheio de atividades físicas e sociais.
Aí que você se dá o trabalho de escrever algo bonitinho e delicado, que fique subentendido que, independente do que foi feito, nada sozinho é tão gostoso quanto o coletivo, mostando a suavidade do misto de emoções.

Aí você, ainda em êxtase, ainda digerindo tanta felicidade, recebe um aviso de novo comentário no facebook.

- "MUITO BOM,LEMBRAR! XODADES"

Porra. Deletei, lógico. Nem pensei duas vezes.

O primeiro erro nesse comentário é: "TÁ GRITANDO POR QUE, PORRA?"
E o segundo. XODADES?

Na Boa. Xodades pra mim é saudade de Xo#@!
Volta pro Orkut, volta?

Sério, tô revoltada.
f'[m]

terça-feira, 12 de junho de 2012

Bilhete Vazio


Estou o dia inteiro com a cabeça num papel - e no Song Pop, claro. Queria escrever uma carta pra você. Peguei a caneta algumas vezes, mas sempre a jogava de lado, então pensei: por que não um post?

Mas ao abrir o blog, descobri o motivo da caneta não ter trabalhado hoje: nada tenho a escrever à você. Pelo menos não agora. O melhor que você tem de mim é o silêncio. Porque, nesse momento, você já não me serve.

Até.

h'[m]

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dia após dia

Cada novo dia é uma terapia e um misto de sensações. De raiva à saudade. Mais raiva do que saudade. Mais saudade do que raiva.

Sexta feira, um amigo me contou que iria ao Skol Sensations já era depois das 10h. Liga pra cá, manda mensagem pra lá... Posso ir com vocês? Claro.
É um sai do trabalho correndo pra cá. Um corre no shopping pra lá. Aborta toda missão e corre pra casa do amigo.

Fora o engarrafamento da ida, e a Dutra interdidata na volta. A viagem foi completamente maravilhosa. Amigos para ouvir e aconselhar. Restaurantes deliciosos pra experimentar, e a festa... Ah! A Festa! Foi a coisa mais incrível que eu já fui e vi na vida.


Chega deu uma dor no peito na hora de voltar. A hora em que a explosão assenta, a ficha volta a começar a cair. Voltar pra casa pra quê? Não tenho mais nada de interessante por aqui.


As vezes me pego sobrevivendo ao invés de viver. E não, não acho isso certo. E também não adianta... Já sei que vai passar. Já sei que só preciso dar mais tempo. Mas... dói! E como dói! E a dor é uma coisa que te tira do foco. Que você já não consegue racionar. E é o que está acontecendo por aqui. Tá difícil de raciocinar.


E enquanto o foco não volta, o negócio é ocupar o tempo com tudo e todos. Agradecendo os elogios, focando no cuidado da saúde, aproveitando cada festa e esperando o inesperável... tempo.

f'[m]

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Os Anos que passam


Para quem não sabe, ontem foi meu aniversário, mas não teve festa. Reuni uns amigos para tomar um chopp e preencher o vazio que ficou pelo término de um relacionamento que faria 1 ano no próximo dia dos namorados. Seis dias se passaram e, lógico, ainda não foi o suficiente para essa dor passar.
Uns dias doem mais, outros menos. Mas dói. Nuns eu choro mais, noutros menos. Mas choro.

Seis únicos dias nos quais eu já fiz coisas que não queria fazer, deixei de fazer outras que eu queria e para algumas coisas eu ainda não faço idéia se quero ou não fazer.
Seis dias que fingi rir enquanto chorava, e que respondia "Tá tudo ótimo" quando queria dizer "Tá tudo uma merda!".

Seis dias que estiveram cercados de outros 345. Filmes se passam. Coisas que não fazem sentido. O continuista responsável pelo filme da minha vida deveria ser imediatamente expulso da academia. Proibido definitivamente de exercer essa função novamente.

Mas também foram seis dias que percebi estar cercada de muita gente querida. Queridas e valiosas.
Uma mão que se estende de onde eu menos esperava.
Amigos que reapareceram para mostrar que 1 mês ou 1 ano longe não fazem a menor diferença em uma verdadeira amizade.

Eu acabei de fazer 28 anos, mas foram os 6 últimos dias que me alertaram para todo o aprendizado e maturidade que eu não imaginava ter. E que me fazem assumir o que eu sempre soube mas tentava esconder: escrever é terapia para os dias não tão felizes.

Ainda bem que eu tenho aqui meu espaço. Aqui é minha casa.
Vida que segue. E recomeça.

Bom retorno para mim.

f'[m]

sexta-feira, 16 de março de 2012

Informações que podem ajudar um Amigo

Para quem não sabe, eu tive uma crise convulsiva na quinta-feira passada. A princípio, evento único e causado por hipoglicemia.
Passada uma semana - e o susto - procurei me inteirar sobre o assunto, lendo matérias e definições que pudessem ajudar a identificar o motivo e se haverá necessidade de tratamento continuado.

De tudo que li, o mais importante foi descobrir que a convulsão é um distúrbio resultante relativamente comum, porém, pouquíssimo entendido e que acompanha uma série de mitos.
Como tive a sorte de estar acompanhada de amigos que souberam me ajudar, gostaria de repassar as informações abaixo, que poderão ser de extrema importância para ajudar um colega no futuro.


Procedimentos durante uma crise convulsiva
A crise convulsiva costuma ser um momento muito estressante. A primeira coisa que deve se ter em mente é que a maioria das crises dura menos que cinco minutos e que a mortalidade durante a crise é baixa. Assim, deve-se manter a calma para que se possa ajudar a pessoa.

Medidas protetoras que devem ser tomadas no momento da crise:

- Deitar a pessoa (caso ela esteja de pé ou sentada), evitando quedas e traumas;
- Remover objetos (tanto da pessoa quanto do chão), para evitar traumas;
- Afrouxar roupas apertadas;
- Proteger a cabeça da pessoa com a mão, roupa, travesseiro;
- Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra (evitando aspiração);
- Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração;
- Observar se a pessoa consegue respirar;
- Afastar os curiosos, dando espaço para a pessoa;
- Reduzir estimulação sensorial (diminuir luz, evitar barulho);
- Permitir que a pessoa descanse ou até mesmo durma após a crise;
- Procurar assistência médica.

Se possível, após tomar as medidas acima, devem-se anotar os acontecimentos relacionados com a crise. Deve-se registrar:- Início da crise;
- Duração da crise;
- Eventos significativos anteriores à crise;
- Se há incontinência urinária ou fecal (eliminação de fezes ou urina nas roupas);
- Como são as contrações musculares;
- Forma de término da crise;
- Nível de consciência após a crise.


O que NÃO fazer durante e após uma crise convulsiva
- Várias medidas erradas são comumente realizadas no socorro de uma pessoa com crise convulsiva. Não deve ser feito:
- NÃO se deve imobilizar os membros (braços e pernas), deve-se deixá-los livres;
- NÃO tentar balançar a pessoa. Isso evita a falta de ar.
- NÃO coloque os dedos dentro da boca da pessoa, involuntariamente ela pode feri-lo.
- NÃO dar banhos nem usar compressas com álcool caso haja febre pois há risco de afogamento ou lesão ocular pelo álcool;
- NÃO medique, mesmo que tenha os medicamentos, na hora da crise, pela boca. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e pode-se afogar ao engolir o comprimido e a água;
- Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire a pessoa do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico.
- NÃO realizar atividades físicas pelo menos até 48 horas após a crise convulsiva.


Espero que a dica não seja necessária. Mas a informação é a melhor arma de combate, né?
Até logo, pessoal!


Beeeijo!
h'[m]