terça-feira, 22 de março de 2011

Inerte

Você já sentiu, alguma vez, ter perdido sua identidade¹?

De uns tempos pra cá tenho me sentido meio assim: vazia. Mas nem parece a falta de alguma coisa, alguma pessoa. E sim a falta de mim mesma.
Achei que pudesse ter me escondido por debaixo dos processos no trabalho. Procurei durante alguns dias antes de sair de férias, mas não encontrei.
Realmente, está é a vez em que estou de férias mais desligada do trabalho. Em compensação, nunca estive tão desligada de tudo. Achei que estivesse meio atordoada no ponto laranja, mas tive dificuldade de me encontrar ao sair de lá.
Como deixei isso acontecer? Em que momento esse bolo desandou?

Eu não lembro mais dos meus gostos, o meu gosto.
Ficou tudo meio amontoado, misturado. Ficou tudo um mar de coisas sem graça.
Sei que não estou no meu inferno astral, o que geralmente acontece só lá pro final de Abril, mas sinto como se algo me puxasse sempre pra baixo.
Acredito que tudo isso tenha sido fruto de algumas conversas que fugiram do controle ou simplesmente inesperadas.
Algumas palavras brotam de onde não deveriam, surgem da forma que não esperamos e sobra apenas aquela fisionomia de quem não acredita no que ouve ou vê.

O meu status atual é "atônita". Estou ausente do mundo, ausente da vida, ausente de mim. Sem ter a menor noção do que fazer. De que passo dar ou qual direção seguir. E enquanto eu não tiver uma atitude meio "menino Zangief"², a vida segue sem rumo, decepção atrás de decepção.
E espero que alguma atitude chegue logo.

Definitivamente: "Só amor, não basta!"




¹ Sem considerar piadinhas com roubo/perda/furto de CPF, CNH e afins.
² Referente ao vídeo mais comentado do mês.