terça-feira, 30 de março de 2010

Tá me achando com cara de idiota?

Não faça perguntas se você não tem plena certeza de querer ouvir a resposta!


Blog terapeutico

Basta eu fazer um beicinho aqui que ganho uma abraço coletivo, um convite para dançar, uma roupitcha nova, alguma menção em outros blogs... Se eu soubesse que era tão bom, eu tinha começado antes a frequentar a blogsfera.
Assim, aos poucos, num ambiente acolhedor, tenho tido coragem de abrir as persianas, deixando mais a mostra dos vizinhos o que se passa aqui. Poder sistematizar estas coisas por escrito tem função terapeutica, mas não estou contando só com isso para 'get by'.
Estou vivendo um momento importante da minha vida. Só para situar, em algum momento eu me perdi de mim e me permiti viver um casamento devastador que, felizmente, acabou, mas deixou feridas na alma (e no corpo).
Em busca da superação, estou mobilizando todas as minhas forças para desenrolar alguns nós que tem atrasado o meu lado frente a vida. E peço ajuda, sem cerimônias: Estou em psicanálise; Já fiz tratamento com terapia cognitiva e remédios para parar de fumar e ainda estou frequentando às reuniões dos vigilantes dos peso; Comecei na Ioga e estou realinhando meus chacras para permitir que a energia flua sem obstruções. Isso tudo, além do blog, e da catarse literária que propicia.
É um mix de teorias da mente que aplico ao mesmo tempo. O engraçado é que tenho as minhas opiniões sobre elas. Não vou entrar neste assunto hoje porque a questão deste post é dizer que toda esta força- tarefa- multiteorica está mobilizada e em ação.
Os resultados existem. Posso dizer que faz 5 meses que parei de fumar. Posso dizer que comida ou a falta dela já não me deixa ansiosa. Posso dizer que estou parando de me sabotar em relação ao meu corpo e meu trabalho... nem tudo é definitivo, mas já coloquei as engrenagens para rodar.
Isso tudo só para dizer que estou buscando, de verdade, minha saúde, de corpo e alma.
Por isso, não sei definir muito bem a impressão que me causa ter acordado hoje com raiva. Não gosto disso. Ter raiva de quem eu amo... Talvez tenha sido a sessão de ontem e o que vi nela.
Se é isso, acho que o jeito é conseguir olhar para esta raiva sem fugir dela.
É tenso.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A História de Felipe

Ela olhava pra seriedade de André, quando alguém lhe cutucava os ombros:
- Oi, você não é amiga do Beto?
- Sou, por que?
- Cadê ele?
- Não quis vir.
- Filhodamãe. Quando o ver, fala que o Felipe disse que vai dar um soco nele!
- Tá bom.

Bruna estranhou aquele contato tão íntimo com alguém que nunca teria visto antes. "Ele me conhece de onde?", ela se questionou. Mas, o que tinha de intrometido, tinha de interessante. Ela não sabia o quê, mas algo nele a interessou. Não se falaram o resto da noite, bem como várias noites seguintes.
Em uma outra, semanas depois, Beto comentou algo sobre Felipe, mas Bruna se manteve arredia. Precisou de mais dois momentos para que ela se fizesse dar conta da beleza do rapaz.
- Não sei se ele é realmente simpático, mas é bem bonito mesmo.
- E aproveita que agora ele está solteiro. - Disse Beto.
Na faixa dos 25 e sem compromisso com algum rapaz, Bruna resolveu arriscar. Com ajuda de Beto, se aproximou de Felipe. O descompromisso ajudou, e trocaram um beijo com poucas palavras. Ele voltou pro grupo de amigos, ela voltou pro grupo de amigas.
Agora, Felipe deixou de ser o bonitão desconhecido, e passou a ser aquele que impressiona a Bruna. Afinal, daria pra não se impressionar?

sábado, 27 de março de 2010

Eu e eles

Baixo Gávea. Madrugada de sexta.

- Vamos tirar uma foto!
- Primeiro vocês dois deste lado...
- Agora vocês dois... pode abraçar e ficar juntinho..hahahaha
- O+*, sua sacana, não enche!
- hauhauhauhaua
- Agora vamos tirar dos 4
- Claro! Eu preciso de provas! Sou a única mulher do Rio de Janeiro que saio com 3 homens! Preciso matar as amigas de inveja!
- O+*, sua FDP!

Fomos os 4 assistir Macbeth e depois demos uma esticadinha para chope (eu, caipiroska) e pizza. Isso tá ficando rotininha de sexta, sair com um ou alguns deles. E é uma delícia. Eu não preciso conquistar a amizade porque já a tenho há 20 anos e eles gostam de mim de qualquer jeito. O maior benefício é que não preciso revirar o estomago assistindo destilação de veneno. Porque tem isso na conversa masculina, não se fala dos outros e as rivalidades são jogadas para escanteio porque a camaradagem é bem superior. Veneno, para mim, só na hora de contar pras amigas que saí com os únicos 3 gatos, super gente boa, heterossexuais, na faixa dos 40 e disponíveis do Rio de Janeiro. Só não boto na roda porque tenho ciúmes, dos 3. E outras cositas inconfessáveis mais. Mas se eu fosse inteligente mesmo, não contava pras amigas. Eu não sou supersticiosa, nem acredito nestas coisas, mas olho gordo pega. Ah se pega...

sexta-feira, 26 de março de 2010

I can´t let u go

Tava pensando naquilo que passou e o que esta acontecendo agora. Comparando padrões e comportamentos, procurando achar uma resposta para uma pergunta que não cala dentro de mim. Porque não dá para me entender em relação a nós se eu não souber como eu sou em relação a todos os nós que não desamarrei antes de você. É que a voz daquela amiga não sai mais dos meus ouvidos me dizendo para eu desiludir de você. Me afastei, mas a voz ficou. Como eu queria que ela tivesse errada e que você, do seu jeito, fosse exatamente quem eu penso que você é.
Talvez por medo de você não ser ou talvez por você ter dito que precisa de mim, estou naquele momento deja vu de pré-ruptura causada por surto de impaciência total com demandas não atendidas. Sim, já vivi isso antes. E com você, também.

I'm glad you got out
But I miss you
I've had a hole in my heart
For so long
I've learned to fake it
And just smile along
Down on the street
Those men are all the same
I need a love
Not games

Porquê o 3º é o pior dia...

Quando você costuma fazer atividade fisica regularmente, seu corpo adora. Ele se sente bonito, jovem, saudável. Mas aí você pára por pura preguiça (decisão mental) e deixa o bichinho na maior secura. Quando você começa a acostumar ele com um aviso de "Ih, cara, esquece! Tu vai ser assim molenga pra sempre", a sua cabeça muda - de novo - e pensa: "porra, o corpo tá me zoando, tá ficando enorme e só me dando essa dor de corno."
A cabeça então decide tentar voltar a controlar o copo. Vai pra academia e acha que o menino é o próprio Sansão. Acha que pode voltar no mesmo ritmo que o da época de malhação rotineira. O Corpo reclama, grita, chora. Acorda no dia seguinte cansado, inchado e manda estímulos dolorosos para o cérebro. A Cabeça olha o espelho: "Que delícia de físico robusto, garotão".
A disposição anima os dois: Corpo e Mente. A Cabeça pensa que é hora de mandar ver, o Corpo responde: "Calma, cara. Pega leve! Tô cansado pra caralho!". A cabeça diz que é ela quem manda. O peso quase cai, mas o corpo aguenta, quase firme.
Mais um dia de glória pra Cabeça. Mais um dia de sofrimento para o Corpo. De noite, a Cabeça descansa tranquila, o Corpo desaba.
No 3º dia, o Corpo já se sente o próprio Chapolin Colorado, acorda primeiro que a Cabeça e, num ímpeto de vingança, deixa o seguinte recado na cabeceira: "Agora segura a bomba, você, otário!"
Cadê o BOPE? Cade o esquadrão anti-bombas?
Alguém encomenda um Dorflex?

quinta-feira, 25 de março de 2010

Família é Fogo

Na moral. Não sei porquê ainda leio jornal.
Vou começar, a partir de hoje, uma sessão: O Globo Online, comentado por Hellomotta. (Deveria ser Fernanda Motta, porque o assunto pode parecer engraçado, mas é sério!)

Primeiro Link de hoje:
Filha mata o pai após intervir em briga com a mãe

Quando eu vejo, leio ou ouço coisas do tipo eu ainda me assusto. Pai que não fala com filho, mãe que bate em filha e, agora, filha que mata pai.
Não sou ninguém pra julgar, principalmente sobre esse assunto. Mas eu, sinceramente, me choco e a explicação é simples: Não venho de uma família tradicional. Mezzo tradicional, talvez. Mas apesar de meus avós serem o tal exemplo de família - as avós ficaram viúvas - meus pais se separaram, de uma maneira consideravelmente traumática, quando eu tinha 15 anos. Eles brigavam entre si, e tinha todo aquele lance de lavagem cerebral. Era um BBB de guetos e não dava pra saber quem tinha razão.
Alguns bons anos se passaram - não sei exatamente quantos - mas hoje eles são super amigos. Há quem diga que irão até terminar essa novela juntos. Faria gosto.
Mesmo eles brigando durante esse tempo, em nenhum dos 25 anos e alguns meses de vida, sequer tenho alguma lembrança de maltrato, abandono ou qualquer coisa do tipo.
Daí falo: eu não tive. Não tendo, não consigo entender esse lance de distância, de desgosto ou ódio familiar.
Quem me conhece sabe que nunca fui do tipo família. Agora, depois de burra velha, é que tenho dado mais valor por cada minuto de um jantar com minha mãe, ou uma simples ligação dizendo "Motta, vou demorar pra chegar em casa hoje".
A visão que eu tenho de pai, é a visão Motta. A visão que tenho de Mãe, é a visão . Então, repetindo, eu não consigo imaginar como alguém consegue maltratar os pais. Como alguém consegue viver sem eles.

Apesar de tudo o que eu disse aqui em cima, eu não consigo entender o desligamente da relação Pai-Filho mas eu entendo a atitude da Marina. Primeiro porque o pai, uma hora ou outra, iria acabar matando a mãe. Entendo que possa ter sido legítima defesa, coisa e tal. Mas eu não perdoo ela como filha.
Na verdade, eu tenho pena dela - eu sei que ela não pediu minha piedade - mas tenho pena por ela. Ela matou o pai. Por pior que pudesse ser, era seu pai. Se eu fosse jurada deste caso, votaria pela absolvição, simplesmente pelo fato de a punição ter de ficar no seu subsconsciente. Afinal, era seu pai. Reforço, não era uma pessoa qualquer. Era seu pai. O Motta dela deve ser absolutamente diferente do meu Motta. Foi uma questão de escolha. O sofrimento da mãe ou do pai. Ela escolheu salvar a mãe, e agora me pergunto: quem escolheu salvá-la?
Desejo apenas que ela ainda consiga encontrar paz.


O Outro link, é coisa rápida
Passageiros ateiam fogo em composição de trem em Saracuruna

Como é que é? Os passageiros estavam reclamando por falta de composição, se rebelaram e decidiram protestar. Vâmo lá. Adoro protesto! Mas, como é que é? Colocaram fogo em uma composição?
E tava reclamando de que mesmo? Falta de composição? Pois bem, agora tem MENOS uma.
Boa maneira de protestar.

Sem comentários. Aliás, com comentários.
h'[m]

quarta-feira, 24 de março de 2010

Daria um Best-Seller

A história é tão complexa, que é tipo assim: Mari gosta de André, ficou com Breno, descobriu que desperta muito interesse em Carlos e tá ficando com Diego. Erick, seu último namorado, tá querendo voltar a sua vida, mas ela ainda não descobriu se isso é bom ou ruim. And the last, but not the least: Felipe, o belo, por quem nossa protagonista tem um olhar curioso, quase clínico.

André é um ser encantador. Possui diversos apelidos, mas nenhum que realmente o defina. Encanta Mari de uma maneira que até a miniatura escorada numa pilastra lhe faz suspirar.
Breno é um daqueles rapazes fofos, com quem Ela ficou, praticamente se entregou, mas, não sabe como, se perderam no caminho.
Carlos, é um caso a parte. É alguém cuja companhia é indispensável, que tem alguns vícios que Mari adora, e outro que a irrita um pouco. Mas esse último é super relevado quando se põe outras coisas na balança, principalmente considerando os gostos em comum.
Diego apareceu não tem muito tempo. Como brincadeira e um passe de mágica, trocaram o inicio de uma amizade por interesse recíproco. Estão ficando, se conhecendo e o famoso "vendo no que dá".
Por Erick, seu último namorado, tinha uma paixão absurda e, mesmo com a separação a mais de 6 meses, um sentimento não-terminado consegue deixá-la sem ar quando ele faz algum convite quase irrecusável.
Felipe é novo no pedaço. Conheceu numa noite despretenciosa e, em alguma outra, trocaram um beijo. Bonito e divertido, ele é do tipo que tem muitas fãs dispostas a pretendentes. Mari seria apenas mais uma se não fosse por um único ponto: ela não consegue ser clara. Os dois se topam de vez em quando. Pra ele, ela passa despercebida. Pra ela, ele seria a proposta irrecusável.

Usando esses personagens, dá até pra escrever um livro campeão de vendas, ou uma novela a ser copiada por Silvio de Abreu e Maneco. Como novela não tá em alta, tô pensando em escrever o primeiro seriado brasileiro.
O nome ainda não foi escolhido, mas dá até pra começar a aceitar sugestões.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Remember "This"

Não tô na maratona psicocine do Di, mas como eu sou cinéfila compulsiva, vi o Remember Me na sexta. Eu confesso que não era dos meus preferenciais da lista, mas era o único que batia com a lista das demais pessoas. No final das contas: quebrei a cara. O filme é bom!
Aliás, bom é apelido, o filme é bem bom. Prende a atenção do começo ao fim. O final... bom, o final deu dupla opinião. Eu amei. Chorei. Viajei. Teve gente que reclamou. Eu gostei.

Ruim do filme foi ver o 007 decadente. Pierce Brosnan está um coroaço. Bonito ainda, confesso, mas beeeem coroa. O tempo é cruel com algumas pessoas, né? (Vide Meryl Streep e Alec Baldwin em Simplesmente Complicado). Resultado: Super Recomendo.
Pattinson perdeu a fama de vampirosinho sem sal e tá super bem no papel do bad boy de coração mole.
A trilha do filme é bem gostosinha, tem várias Senas (by Sacha) sensacionais (tão bem feitas que dão gosto) e vários outros comentários aleatórios, porém, positivos.

Valeu a pena arriscar um hollywoodiano.
Recomendação extra: Se rolar um Outback antes (ou até depois!) melhor ainda!
Enjoy it!

Putz! Vou correndo almoçar que perdi a hora!

Ps.: Quero ver A Fita Branca urgentemente. Ouvi falar super bem desse filme no finde. Alguém dispõe sua companhia?

h'[m]

Desenha?

Considerando que eu estou numa das melhores fases da minha vida...

Por que uma pessoa me mandaria um e-mail com o título "MAU-HUMORADINHA DA ESTRELA" e com a área de texto em branco (vazio)?

Anda cérebro! Já mandei você acordar, 3 vezes, só hoje!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Exploring

Tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu já não me reconheço mais.

Quero me apaixonar. Quero muito.
Sim, eu já estou apaixonada, mas é um relacionamento que não tem futuro. Aliás, é um relacionamento que não tem relacionamento. Me deixei acreditar que é algo que não tem explicação e, por isso, me deixei decidir que não quero mais.
Beijos eu quero. Pros beijos dela eu terei vontade sempre. Até o momento que outro cheiro me ocupe os sentidos.

Estou na pilha de me apaixonar loucamente, completamente. Estou plenamente me permitindo isso. E me dou as chances necessárias: seja de conhecer alguém, seja por explorar alguém. Por dentro e por fora.
A verdade é que a falta de uma paixão tem me doído de uma forma que nem eu sei explicar. Ocupo todo o meu tempo que possa ficar vago e assim vejo minha vida voando como um tapete persa dos desenhos animados.

Então é isso. Eu decidi que me permito. Eu me permiti ser livre e, o principal: sincera. E ainda que por alguns minutos eu me sinta como um cafajeste hollywoodiano, a honestidade é meu maior defeito e qualidade.
E se eu tenho tanta paixão pra dar, por que guardar dentro de mim?

Porque se me faz bem, que mal tem?


O título do post seria "Eu me permito", mas eu lembrei do filme "O Menino do Pijama Listrado", que eu amava a sonoriadade de exploring, explorer. E se eu tô num momento de expansão de território, nenhum título se enquadraria melhor.

h'[m]

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ilusão de Ótica Frutífera

Vi um post que comecei a alguns dias atrás e que nunca terminaria. Pra não deixar muito lixo, deletei. Verifiquei que tinha outros rascunhos no painel do Nem Froid, e fui "verificar".
Achei um rascunho sem texto, apenas com uma imagem estranha:

hellomotta: me diz o que é isso?
hellomotta: http://3.bp.blogspot.com/_yzqINTRf29c/S5xeslkau9I/AAAAAAAAAZA/JymWYskZ8dI/s1600-h/tamara.jpg
hellomotta: uahuahuaha
M. Asterísco: é porque eu comi uma tâmara e brinquei com a caçula que eu tava comendo barata...e me pareceu uma boa ideia para post...mas a idéia não vingou ainda
hellomotta: o que é uma tamara?
M. Asterísco: é aquilo
M. Asterísco: uma fruta
M. Asterísco: seca
M. Asterísco: amiga do damasco
M. Asterísco: mas é mais gostosa
hellomotta: uahuahauh
hellomotta: amiga do damasco? (???)
M. Asterísco: amigos de infância (???)
M. Asterísco: imigrantes arabes
hellomotta: agora que consegui ver a fruta

É, agora consegui ver a "prima do damasco". Porque antes dela explicar, eu só conseguia ver alguma coisa coberta de cera de depilar. E nesse frio, me deu até calafrio.
Ainda bem que a minha depilação ainda tá na validade!

Definitivamente. A gente não é normal.
h'[m]

Autoconfiança e a Trilha sonora

Gêmeos - de 21/05 a 20/06 - regente: Mercúrio
Hoje você está comunicativo porém firme, transmitindo confiabilidade. Naturalmente, esta disposição favorece muito a vida profissional. Vida afetiva também favorecida; para dar tudo certo, basta você dar atenção suficiente aos outros e muita para a pessoa amada.

Mais confiante do que eu estou ultimamente, só o meu horóscopo.
Pra quem quer uma dica de como ter um dia de excelente humor, comece tentando ouvir "I'm in Miami Bitch" logo pela manhã, e no último volume.
Vim pro trabalho cantando e dançando essa, Sexy Bitch e Stereo Love. Um senhor do meu lado, de cabelos grisalhos, aproveitou o vidro 70% filmado do seu Honda Civic e me olhou com uma cara assustada, um olhar de reprovação.
Não, senhor, não sou louca. Mas o meu lado séria entra em ação da roleta pra dentro. Da roleta pra fora eu me permito ser a louca que eu quiser.

Só pra constar: O senhor de cabelos grisalhos tinha o selinho verde no parabrisa, pra quem sabe o que significa, vai entender o porquê do espanto do cara.
h'[m]

terça-feira, 16 de março de 2010

Anticorpos

Ela tem os olhos que devorariam qualquer um que ousasse desafiar.
A mim, devoram pela indecisão. Por chegar a um lugar que poucas chegaram.
Nossa comunicação é relativamente difícil, senão pela língua. Ah! E que língua!

Suas frases soltas continuam sussurando em meu ouvido. Meu pescoço, por pior que esteja, sempre espera por aquele domínio. Por que será que ela conhece o caminho tão bem?
E, ao contrário do que ela me disse, não é que metade dos nossos problemas seriam resolvidos se nosso beijo não fosse tão bom, mas nosso beijo é tão bom que resolve metade dos nossos problemas.

Como um jogo de gato e rato. Sem começo, sem fim. Recomeça.
Anticorpos restaurados. Aos poucos.

h'[m]

segunda-feira, 15 de março de 2010

Os incomodados...

Nunca achei que um único post pudesse dar tanto bate-boca.
Desabafei sobre um assunto específico, cada um leu porque quis, entendeu como quis e falou o que quis.
Por quê, como e o quê nunca foram, necessariamente, bons companheiros.
Eu ri com os comentários. Com alguns mais, com outros, menos. Entendo que cada um tenha dado sua opinião sobre a parte da história que sabe. A questão é que ninguém sequer imagina que - mesmo eu não sendo Deus - eu sou uma das poucas que sabem história por completo.

Eu tô adorando ditar como vai ser o jogo e acertar em cheio.
Nem Chuck Noris acerta tanta mosca quanto eu.

E vâmo aproveitar a semana que começa e, enquanto eu continuo andando no meu próprio Lobo Mau, os lobos da vida continuam vestindo a fantasia de cordeirinho.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Um sueco, um francês e um americano

Vou iniciar o post sendo muito franca: Uma pessoa acabou com o meu dia as 8:50 da manhã. Mas como eu tô uma autoterapeuta e pregando o autocontrole, vou usar só o lado pensante do cérebro, onde ficam guardadas as coisas boas.

Já coloquei aqui a lista de 395 filmes que eu queria ver?
Não? Então, segue.
Os indicados ao Oscar: Amor sem Escalas, Bastardos Inglórios, Direito de Amar, Educação, Entre Irmãos, Guerra ao Terror e Preciosa.
Distrito 9 eu deletei da lista porque nem de longe me agradou.

E os interessados por motivos alheios:
O amor Acontece: Porque tem minha musa Jennifer Aniston,
Ervas Daninhas: critica elevando às alturas, além de ser francês,
Julie & Julia: porque tem Meryl Streep e porque todo mundo que já viu diz que é uma graça,
Nova York, Eu te amo: Porque, além do Bloom, adoro filme com historinhas que se interligam.

E uns que eu listei caso "não tenha nada pra fazer": O amor segundo B. Schianberg, A fita branca e O segredo dos seus olhos.

Então tá. Com uma lista dessas, eu nem podia perder tempo. Na terça rolou companhia mais-que-agradável e partimos para o Top: O Amor Acontece e Entre Irmãos, que já comentei outro dia.

Ontem eu ia no cinema, desisti, e aos 45 do segundo tempo desdesisti. Combinei com duas amigas de ver Ervas Daninas. Resolvi me antecipar e peguei uma sessão antes: Deixa Ela Entrar, o bonequinho tava aplaudindo de pé, e é filme sueco, né? Vâmo ver no que dá.

Bom, eu vi no que deu. E quer saber o que deu? Deu nada. Deu um menino estilo Elephant, que se apaixona por uma Vampira, quase um Crepúsculo + Meu Primeiro Amor. Filme fraco, sem muitos efeitos especiais e Ritmo lento. Muita informação, o que não é ruim. Filme com bastante conflito, como eu gosto. Mas esse esquema True Blood Baby não fez muito minha cabeça. Resumindo: Não recomendo, não.

O segundo, na sessão das 19:20, foi Ervas Daninhas. Filme todo gostosinho, achei. Cheio de ponto-e-vírgula, sem parágrafo. Prende atenção durante quase todo o tempo e tira bastante gargalhada. Teve gente que saiu da sala dizendo que não entendeu. Mas é filme cult, né? Não é pra entender. Aliás, na verdade, todo mundo entendeu. Mas cada um da sua forma. E, como não é múltipla escolha, tá todo mundo certo.
Resumindo: Recomendo, sim!

O terceiro seria Bastardos Inglórios. Titito Brad, indicado ao Oscar, bla bla bla... Teria tudo pra ser bom, né? É? Teria, até a Isis falar que é um filme non-sense, estilo Tarantino. Ai eu, ah, não! Já vi dois tarantinos hoje, mais um, não. A fome apertou, o preço do estacionamento gritou, pegamos o carro e fomos pro Escada Shopping. Vamos pra um hollywoodiano mesmo. Na tela: Entre Irmão, o Amor Acontece e Simplesmente Complicado.
Esse não tava na lista, mas já tínhamos visto os outros dois e, gente, tem Meryl Streep. Se joga!

Esse salvou a noite. Super divertido. Super gostoso. Baldwin e Meryl arrasaram muito no filme. Se me contassem que os dois têm um caso na vida real, eu super acreditaria. Filme super simples, mas super interessante. Mesmo. O melhor fica pelas frases sobre ex e pela visão do amor aos não-tão-jovens-assim.
Lógico: É uma comédia romântica hollywoodiana, não dá pra esperar mais do que isso. Mas pode ir que eu garanto as risadas e o sorriso de canto de boca.
Resumindo: Super recomendo.

No mais, voltando a ralação, porque aqui no trabalho vai começar a rolar a parte que eu gosto: desafio.
Minha chance tá aqui, e quem acha que eu não vou conseguir agarrar, levanta a mão.

Levantou?
Então, Cláudia, senta lá e prepara o superbonder que você vai quebrar a cara! =P

h'[m]

quinta-feira, 11 de março de 2010

Frase do Boris

BRASÍLIA - A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira, em caráter terminativo - não precisa ser votado em plenário -, o projeto de lei do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) que prevê a cobrança de gorjeta de 20% sobre contas encerradas à noite, após as 23h, em bares, restaurantes e similares. A matéria segue agora para ser apreciada na Câmara.
[Trecho retirado do O Globo Online em 11/03/2010]

Gente, peraí. Eu, sinceramente, já acho não acho muito certo pagar extra pra consumir algo. Tudo que a gente consome, já tem o preço de custo + serviço + lucro embutido e você ainda tem que pagar por fora pra bancar o garçon? Beleza. Supero.
Mas aí vem o Crivella e me aumenta a "taxa de serviço" dos bares?
Crivella? Um cara que é crente - logicamente, não frequenta bar toda semana - além de ser rico. Assim é fácil. 9% a mais, 9% a menos pra ele, não faz a menor diferença, porque o percentual do salário dele que vai pra bares, restaurante, etc é irrisório.
Agora, pensem em alguém como eu: Metade do meu salário vai pra bebida ou alimentação. E Metade dessa metade é consumida no tal horário focado. No final das contas, meu salário vai ser diminuido mensalmente em, aproximadamente, 3%. Isso sem contar o reajuste natural dos consumíveis.

Pelo amor, né?
Chris, por favor. Falta muito pra você chegar à Câmara?
Não dá pra aceitar essas leis que favorecem os ricos, comerciantes e empresários.

Por hora, tenho uma dica pra quem costuma ficar no bar de 19 as 0h, como eu: feche a conta as 22:55, e pague extra só sobre o que, efetivamente, consumir após as 23h. Nada mais justo, não?

E pra quem pensa: "Ah, mas 3% não é nada..."
Não é nada? Filho, pra quem já tem 90% do salário comprometido mensalmente, 3% é muito dinheiro, sim. Isso significa quase 2 nights a menos por mês. Ou aquela calça linda, que você vai ter que parcelar em 4 vezes sem juros. E, lógico, ficar os 3 meses seguintes sem uma nova.

Nota de Rodapé: Vereadores tem auxílio-tudo. Deve ter um auxílio-alimentação que suporte até 30% de gorjeta. Isso quando os caras pagam. Metade das vezes que políticos comem fora, ou foi convidado pelo próprio dono do estabelecimento ou alguém de fora tá pagando a conta. Quando não é a gente...

Isso é uma vergonha!
h'[m]

quarta-feira, 10 de março de 2010

Acontece, Irmão!

O cinema ontem rendeu. Fui com uma amiga assistir "O Amor Acontece" e gostei. Pra quem vai não muito pretencioso ou só afim de ver a musa Jennifer Aniston cada vez mais linda - como era o meu caso - vai gostar.
O filme é uma típica comédia romântica estadosunidense com aquele baque de amor ao primeiro cruzar de olhos. Um quer, o outro caga. O outro quer, o um faz charminho. Um dos dois é super compreensivo e ajuda na aceitação dos bloqueios do outro... e assim vai.
Pra variar, eu chorei, mesmo já sabendo desde o início que aconteceria algo fofo e sabendo que nada daquilo funciona na realidade. Na verdade chorei, porque lembrei da última vez que, efetivamente, falei "pode contar comigo".
Resumindo: pra quem tá precisando rir um pouco ou querendo ainda acreditar em coisas fofas, tá aí um filme pra nos tirar de casa e fazer a gente se entupir de pipoca, coisa que adoro.

Na saída, decidimos voltar e ver se estava passando algo. Demos de cara com "Entre Irmãos" - filme que tava na lista dos 395 filmes que preciso ver - que teria começado 5 minutos antes. Corremos. Chegamos antes do trailler da seguradora.
Eu A-DO-RO imendar um filme no outro. A-DO-RO. Apesar do frio no cinema e reclamações a parte, foi bem agradável.
O colírio da vez ficou por conta da Jake Gyllenhaal, que está absurdamente lindo com aquela barbinha gostosa de cafajeste. Esse filme me ganhou também pela atuaçao impecável das atrizes mirim Bailee Madison e Taylor Grace Geare, principalmente a primeira. Eu adoro crianças. Acho fofo criança no cinema mas, se não sabe atuar, que fique no parquinho. Sou tão crítica com crianças quanto com adultos. É por isso que eu odeio novela das 6. Até hoje tenho vergonha da globo por ter lançado o Pedro Malta como personagem principal de Coração de Estudante, mas enfim...
O bom de ver dois filmes seguidos e totalmente diferentes é perceber que todo ser humado tem um amor e uma dor guardados intrinsecamente. Seja o um consultor sentimental ou o fuzileiro naval exemplar.
Nesse caso, apesar do bonequinho do "O Globo" estar dormindo na crítica desses dois filmes, a bonequinha aqui acorda para o primeiro e bate palma para o segundo.

Ps.: Não consigo gostar do Tobey Maguire.
h'[m]

terça-feira, 9 de março de 2010

Total sem jeito com os pauzinhos

Ontem fomos no Key Zen, restaurante Japa que fica na Constante Ramos. Comi até não aguentar mais respirar. Recomendo, mas, comida japonesa por japanese food, indico o Lapamaki.
Comidas cruas a parte, queria comentar que ontem, pra variar, tomei uma surra de um harumaki. Anote o que eu tô falando: hashis e harumakis não se entendem entre si. E no meio da conversa, comentei que eu era, assumidamente, totalsemjeito com os pauzinhos. Comentei: "Isso é Título de Blog".

"Eu sou fã de quem ainda tem blog", soltou a Larissa, ou a gêmea dela - confesso que não consigo diferenciar. Comentei que tinha um e virei o assunto do momento. Até porque, na própria viagem de Maricá rolou aquele papo de "como você conheceu fulano?" e a Mari, na minha ausência, contou que me conheceu pelo blog e fotolog super populares que eu tinha na época. Todos ficaram de cara.
Na mesma hora que fiquei sabendo disso, Luckão imendou que também era seguidor da feanjinha antes mesmo da criação do twitter. Como o mundo é um ovo, né?
O mundo real é um ovo, e o mundo virtual deve ser, no mínimo, uma gemada. Dá pra ter certeza disso principalmente depois que li o post do Lobo e super me recordei da minha época de UFF. Eu fugi do trote. Muito franca, Lobo! E, da mesma forma que você, acho a invasão dos calouros no nosso mundo.

E, pensem comigo, se no final das contas todo mundo tem algo em comum aqui no mundo virtual, porque não uma Blog Party?
Se já rolou o próprio CineBlog, agora quero votar a favor de uma BlogParty!

Metade dos meus amigos de hoje eu conheci virtualmente.
Nessa hora eu me pergunto: Será que daqui a uns 3 anos, o Diego vai aparecer pra filar o almoço enquanto a Vaca queima os cílios tentando acender a churrasqueira?

h'[m]

segunda-feira, 8 de março de 2010

Nunca é como eu planejo

No final de semana deu Maricá. Eu queria ter ido sexta de madrugada. O carro iria cheio. As caronas foram se alternando ao longo do dia mas, ao final dele, sequer carona tinha. Todos foram no início da noite e não esperariam o show da Pitty.
Ir ou não ir, ir ou não ir? Resolvi ir pro show porque não estava mesmo disposta a deixar R$ 28,00 de brinde pro circo, de novo. Fui e não me arrependi. As malas estavam prontas no carro. Foi uma confusão de liga-desliga que... Nossa Senhora!
Antes do início do show, o plano já teria mudado e desmudado 15 vezes. Eu já não entendia quem que era pra buscar no Méier, ou quem que tinha que voltar da AMAN. Até tava aceitando o cargo de joffer em troca da viagem. Mas não rolou. A parafernália toda foi carregada de volta pra casa. Ninguém queria mais ir àquela hora.
Ainda bem que eu fui no show... Pensei.

Aliás, o show merece comentários a parte. A Pitty estava linda com um novo corte de cabelo e o Joe está seco, supermagro, graças a uma reeducação alimentar e habitual. Essas foram as mudanças físicas de todos esses 2 anos. Pelo menos as que eu notei, né?
No show em si, olhei pro lado e me espantei: nada de rostos conhecidos, como imaginei. Pra não dizer que nenhuma viva alma se salvou, dentre os mil pittynáticos do local achei o Will, a Carol e a Mari. Falar mesmo, só falei com o Will.
Aliás, achei muito divertido o Lobato pedir pra gente cantar o I Wanna Be do Pai Will. Relembrando os bons tempos.
Depois foi só me despedir do pessoal e voltar pra casa.

Pé na estrada. Chegamos as 2h por lá e fomos recebidos com um sol espetacular. Demorou até iniciarmos os trabalhos. Eu não tava na vibe de beber, mas tava precisando viajar, espairecer. À noite, junto com o cair do dia, caiu uma bela d'uma água. Foi um salvem-se quem puder e ficamos ilhados dentro de casa. Aliás, ilhados e alagados. Dois dedos dágua nos cômodos da casa, estilo tw. Tinha goteiras por todos os lados e uma cachoeira saindo por cima do lustre da sala. Desligamos as luzes.
Aproveitei que tava todo mundo quieto fazendo coisas aleatórias e iniciei minha maratona Six Feet Under. O primeiro capítulo de todo seriado, não sei porquê, tem sempre quase duas horas de duração e, lógico, esse não poderia ser diferente. Amei. Apesar de atônita por ver o Dexter beijando um clone do Doakes, amei.
Domingo acordou com um sol escroto de tão absurdo. E o clima ficou bem agradável e convidativo, acabei estendendo a viagem, optando por pegar a estrada hoje cedo. Continuamos os trabalhos durante toda a noite: churrasco, cerveja e jogatina foram as palavras de ordem e, apesar de uma abstinência de Revistas de Rock desnecessária ontem pela manhã, a viagem foi realmente agradável, revigorante e inspiradora.
Não foi muito bem como eu planejei, mas já me acostumei a simplesmente deixar rolar. E até que não costuma ser tão ruim.

h'[m]

sexta-feira, 5 de março de 2010

Depois da Chuva

O Sol. Ele apareceu e meu bom humor veio de brinde. Depois de dias de chuva, o céu apareceu lindo, limpo e super convidativo pra uma viagem. O trabalho tá bombando e, depois dos dias de revolta, tá super produtivo.
Dos males o menos pior. Na pausa pra fumaça rolou até um papo descontraído sobre o assunto e, pasmem, a futura chefe me defendeu. Oi?
Tá, ela é mulher e mãe, né? Sabe que por mais que a gente seja independente e que a nem more mais com nossas respectivas, elas não precisam saber de determinadas coisas. Existe aquela mentirinha ou omissãozinha pro bem delas. E se faz bem, que mal tem?

Pra variar, me veio Dexter na cabeça e, se eu sou o Dex, ela é o Doakes ou a Maria? O importante é que Sargento ela já tá quase, então, o lance é encarar o espírito de equipe e acreditar que a Baia de Guanabara vai dar um gás pra gente respirar.

Ontem vi dois episódios de Dexter. Aliás, vi um inteiro e dois meios. Uma metade que faltava do 6ºEP, o 7º e metade do 8º. Tenho andado tão cansada que não tem dado pra ver muita coisa. A meta é terminar a 2ª temporada ainda essa semana e, na próxima, passar pro Six Feet Under.
Será que, alguma vez na vida, vou conseguir seguir um roteiro? Just wait and see.

Notas de rodapé:
- Último dia da Naty e eu tô emocionalmente bem.
- As cenas calientes de Dexter ontem foram sensacionais!
- Definitivamente, não gosto de mulher magra.
- Não sei se caso ou se compro uma bicicleta! Se viajo ou se vou pro show da bochecha.
- Definitivamente, tô precisando namorandear.

Sem mais.
h'[m]

quinta-feira, 4 de março de 2010

No Blood, No Trabajo

Como todo mundo sabe - pelo msn, ou twitter - estou aficionada em Dexter. Fiquei interessada desde que a Tati falou ser um dos seus favoritos. Vi a 1ª temporada na última semana de férias, e, na segunda-feira, comecei a 2ª.
Curioso como, quanto mais eu vejo, mais eu me identifico com ele, e percebo como, no fundo, a gente realmente tem anjos e demônios dentro de nós. Lógico que não me identifico com ele no desejo de matar, de ver sangue escorrendo - se bem que ultimamente eu tenho tido mais sangue nos olhos do que já tive em toda a minha vida - mas me identifico em algumas pseudo-dúvidas sobre seu próprio sentimento.
O que me fascina no Dexter é que, além de lindo, ele é absurdamente inteligente. E eu já cansei de falar aqui o quanto me atraio por gente inteligente, né? Esconder o que se é de verdade é uma arte que ele domina como poucos, e que eu, sinceramente, tô precisando aprender.

Informação útil ou inútil, depende do ponto de vista, é que o Michael Hall, ator que fez o personagem título, teve câncer, mas tudo indica que o seu tratamento foi um sucesso. Além da atuação impecável do cara - que até nos momentos que tem que ficar sem expressão, ele consegue ser perfeito - ganhou minha admiração por mais esse feito: lutar e vencer.
Outro dia eu sonhei que encontrava com ele, com o Michael, não o Dexter, e fazia zilhões de perguntas comparando a realidade de um e de outro. O que me assustou no sonho, foi a quantidade de perguntas sobre "como fingir ser o que não é".
Será que, de alguma forma, eu tenho no meu subconsciente que eu preciso ser quem não sou?
Pior que, quando acordo, eu tento rever todos os pontos em que não gosto de mim, e, se me perguntassem o que eu gostaria de mudar, eu diria: nada.
Será que meu subconsciente tem uma intenção diferente do meu consciente?

Não tô afim de filosofar hoje. O post foi só pra dizer que se eu não tivesse visto 3 episódios e meio de Dexter ontem, certamente, eu estaria ainda mais cheia de sangue nos olhos nesse momento, e a reunião que durou 4 horas, teria durado 5 ou 6. Tô cheia de pergunta maquiavélica na cabeça. Auto ironia a toda prova.

Ah! Tô meio rebelde hoje, querendo fazer justiça com minhas próprias mãos. Preciso aprender com o Dex.

Calma. Quero aprender a não transparecer o que eu tô sentindo. Não quero matar ninguém... [por enquanto! hahaha]

Vou almoçar que, assim como ele, como por terapia.
h'[m]

quarta-feira, 3 de março de 2010

Encontros e Despedidas

Despedidas. Definitivamente, não gosto.
Chegamos aqui a cerca de 1939 dias. Desde o primeiro foi assim, juntas. Eu 1, ela 2. Não pudemos escolher mas, se pudéssemos, escolheríamos o mesmo lugar: Aqui. E, sem escolher, aqui caímos. Eu, a primeira, ela, a segunda. Por anos foi assim.

Fomos escolhidas por quem deveríamos ser. Caímos em áreas diferentes. Ela passou a ser antecessora a mim.
Aqui no blog ela fez história. Conversas ilusionistas sobre a formação da vida e do caráter. Da atitude machista, por ela, da feminista, por mim.
Pensamos diferente. Sim, pensamos. Mas sempre soubessemos retalhar o bom do ruim, o certo do errado. De certa forma, nos completávamos. Pessoal e profissionalmente. Ela me puxava as orelhas por não dar valor a faculdade. Eu lhe puxava as orelhar por não dar valor a si.
Nossa inteligência nos ligava. Era lógico que nos admirávamos pela lógica. Ela sempre foi inteligente do tipo nerd. Eu, do tipo largado. Nossa diferença tá aí: eu, descuidada, ela, sistemática.
Sistemática no exagero, confesso. Do tipo que praticava visivelmente a auto-punição. Enquanto eu era a draga, ela era, na minha cabeça, a anoréxica. Eu controlava sem parecer controlar. Instigava seu gosto pela comida, saudável ou não. Outback, Joe & Leo's, churrascaria e cafés da manhã.

Conhecemos a história uma da outra. As famílias se conheciam e tinham respeito e fascinação pela amizade.
Contei meu maior segredo. Na época era meu maior segredo. Ela entendeu, aceitou e respeitou, como deveria ser. Fazíamos piadas de nossas desgraças. Tudo o que reforço com a Chris sobre nosso salário, eu já havia discutido com ela alguma vez. Não é um salário justo. Não dá pra viver com esse salário.
Eu chorei algumas vezes, ela consolou. Ela chorou outras vezes, eu chorei junto. E assim foram esses 5 anos de convivência.

De um tempo pra cá, nossas rotinas mudaram. O sagrado horário de almoço dela, as 11h, virou meu sagrado horário de academia. E assim, começamos a nos perder. Não sei exatamente quando, mas lamento. Sinto saudade do tempo de conversas no lago e picolés depois do almoço.
Nossas companhia de almoço mudaram. Nos desentendemos algumas vezes depois, por causa do trabalho.
De sua vida pessoal pouco sei. Da minha, não sei o que sabe. Descobri anteontem que ela não tinha meus telefones novos. O dela, que nunca mudou, ainda sei de cór. Mas eu mudo de telefone como mudo de humor. E minha memória é excepcionalmente boa com números. A dela, com teoremas.

Hoje é seu almoço de despedida e meu estômago já está embrulhado. Ela vai comigo, quer conhecer o Lobo Mau. Tantos planos fizemos pensando nele. Tanto escolhemos e pesquisamos sobre os sonhos. Agora, o meu sonho é realidade e sei que ela se realiza da mesma forma: crescendo comigo. Meus olhos, com bolsões d'água, têm de secar em menos de 30 min. Ela cresceu e ficou maior que isso. Meu mundo ficou pequeno pra ela, e chegou a hora de ela sair para explorar. Eu, nada posso fazer a não ser lhe desejar boa sorte, demonstrar meu orgulho e admiração.

E, se a 5 anos atrás, Uma era Outra e Outra era uma. Já me sinto vazia sem minha outra metade. Minha metade amiga. Minha metade Natalia.
Obrigada, e boa sorte! =)
h'[m]