Faz uns dias que eu senti na pele uma famosa frase de losers: Os bonzinhos só se fodem!
Um dia você está vivendo sua vida normal, na rotina normal: trabalha, vai a academia, futebol de vez em quando, toma uma cerveja aqui, outra ali...
Um belo dia a rotina vai arredondando, o futebol acaba não ficando tão esporádico assim, o chopp acaba se tornando tão agradável que se estende de 2 para 4 dias na semana...
Pronto: você continua na rotina, mas uma nova rotina. Os rostos mudaram um pouco, você passa a se tornar mais intimo de amigos novos, os amigos intimos passam a ter boas novas nas quais você não participou.
A essa altura, não dá pra se dizer quais mudanças foram boas, afinal, tudo que é novo, não é bom ou ruim, é apenas novo.
Vamos a rotina do novo: O novo é novo, é interessante e agradável. E então o que era novo, acaba deixando de ser novo e passa a ser, apenas, interessante, ou agradável (ou não!).
As novas escolhas vão se fazendo, as novas panelas vão se formando e você, sem perceber, acaba se tornando novo...
Eu, que sempre tive um prazer oficial em agradar os outro, em fazer amigos, continuo com minha velha mania de me empolgar demais.
Os novos amigos me parecem SUPER amigos, e minha sensação agradável em um ambiente, quase me faz pensar que o ambiente é agradável.
O novo vira mania. O ocasional vira vício.
Quando você percebe, as pessoas que surgiram do novo, se fazem presente e vocês tem tanto em comum, que não dá pra acreditar que elas só estejam na sua vida agora. O que fazer? Aproveitar.
A rotina muda: Um cinema, um novo dia ou lugar de chopp. Um almoço, um jantar. Uma partida de futebol pela TV. A troca, ou intercambio, divisão... o compartilhamento de amigos. E aí, pronto: Seu novo amigo vira o mais novo membro da sua galera.
Um novo nome pra aparecer na mesa do bar, no almoço de família, na história, nas viagens. Mais um nome na agenda de telefone - já que meu pai faz questão disso.
E daí que um determinado nome sobressai em relação aos demais. O vício agora é aquele nome. É repetitivo, é desgastante. Mas é bom... é gostoso. Bastante agradável.
A convivência, a divisão... a amizade. Verdadeira.
O apego vira afeto. afeto: inclinação, simpatia, amizade, amor...
O afeto traz a lembrança. O afeto faz a falta.
E da falta, surge a vontade de ver, rever. A falta faz a dúvida.
O afeto traz a vontade e a dúvida. A dúvida, reforça o afeto. E gira, e gira, e cresce. O afeto, e a dúvida.
O afeto toma posse. A dúvida te vence pelo cansaço.
Sem saber o que fazer agora. Sem saber se tem o que se fazer agora. Só me resta viver o novo, a rotina, e o que mais vier pela frente.
Um não nunca será resposta definitiva.
Análise de "Senna" - Minissérie da Netflix
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Foto: Divulgação
Entre acertos e erros, a minissérie da Netflix "Senna" impressiona pelo
apuro técnico e emociona tanto...
Há 4 dias
Um comentário:
Uau fia, ta filosofica...gostei...nao entendi, mas gostei..rsrsrs
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